Por Joedson Telles
Um relatório elaborado pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), Reinaldo Moura, responsável por fiscalizar a área da Saúde, aponta nada menos que 84 irregularidades no maior hospital público de Sergipe: o Huse para uns, e o João Alves para outros. O documento foi apresentado, nesta quinta-feira, dia 23, ao pleno daquela corte.
A pedido do Ministério Público Especial, o TCE passou um pente fino na visada Fundação Hospitalar de Saúde, tendo como alvo o Huse – ou João Alves. Isso num período de janeiro a abril de 2010. As irregularidades encontradas são para todos os gostos: administrativa, financeira, patrimonial e operacional. E, óbvio, sobrou para servidores e pacientes. Mais para pacientes.
No site do TCE é possível conhecer a relação de irregularidades que soam brincadeira de mal gosto: lixeiras com pedal quebrado ou sem tampa, soros sem identificação ou inadequadamente identificados, ocasionando erro na aplicação dos mesmos; macas sem colchões ou com colchões com densidade inadequada, identificação inadequada dos pacientes, e ainda o armazenamento de medicamentos e materiais vencidos.
O TCE aponta ainda como anormalidades a permanência de pacientes graves nas áreas azul, verde clínica e verde trauma, sem monitorização adequada. Há também prescrições médicas atrasadas, inexistência de dispensadores de álcool gel e do respectivo insumo. “Iluminação inadequada da sala de procedimentos da área verde trauma, dificultando a realização de procedimentos como suturas, curativos, punções, etc., bem como a apresentação de degelo na geladeira destinada à guarda de medicamentos termolábeis na farmácia do Huse, onde garrafa pet e balde de plástico servem como receptores da água”, lê-se no site do TCE.
Diante do caos encontrado, Reinaldo Moura sugeriu ao TCE fixar um prazo para que a casa seja arrumada. Caso contrário, multa de R$ 10mil para os gestores Mônica Sampaio de Carvalho, Antônio Carlos Guimarães de Sousa Pinto, Emanuel Messias Barboza Moura Júnior e Francisco Claro de Oliveira. Como o conselheiro Clóvis Barbosa pediu vistas, terá um prazo de até três sessões para apresentar seu posicionamento. Até lá…
Com informações do site do TCE/SE