O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) destacou na tarde da terça-feira, 31, a relação da Petrobras com a economia sergipana. Ele lembrou da descoberta em 2010 de um poço em águas profundas, a 57,3 Km da costa do estado, conhecido informalmente como ‘Barra’. “É importante chamar a atenção e frisar que a capacidade de produção do mesmo tipo de plataforma em nossas reservas é idêntica à do pré-sal nos campos do Rio de Janeiro”, explicou.
O senador lamentou em seu discurso que esse projeto, o ‘Barra’, foi postergado para além de 2022, pelas dificuldades que passa a Petrobras. “Além desse promissor campo em águas profundas o conjunto de campos terrestres do estado produz atualmente 27.000 barris por dia e possuem uma reserva de 118,5 milhões de barris de óleo equivalente”, disse Eduardo.
Segundo o senador, além do governo de Sergipe, 15 municípios se beneficiam dos royalties e empregos gerados pela atividade de óleo e gás dos campos maduros há mais de 50 anos. “Estado e municípios receberam da Petrobras em royalties R$ 325 milhões, em 2013, R$ 258 milhões em 2015 e estima-se para 2016 queda superior a 30%, isso, pela desistência dos investimentos programados notadamente nos campos terrestres”.
Falta de investimento
O parlamentar aponta que os empresários perderam as expectativas de investimento no setor, que era da ordem de U$ 12,5 bilhões, anunciados em 2013. “Hoje o que se vê é um imenso desanimo pelo adiamento dos investimentos em novos projetos e pela insegurança que ronda todas as questões que envolvem a estatal”.
O senador alertou que a Petrobras procura vender os ativos de produção em terra. Segundo ele, a infraestrutura está totalmente implantada, sem necessidade de incorporação de novas tecnologias de produção. “A resolução de concessão da ANP, que vai até 2025, fará com que os interessados não tenham motivação de investir por um período de apenas 8 anos de concessão de extração pondo em risco a continuidade das operações após essa data”, explicou Eduardo.
Prioridade
“Gostaria de clamar a Petrobras que não coloque o nosso Estado no final da lista de suas prioridades de investimentos e retome as discussões sobre a exploração e produção da nova província petrolífera em águas profundas da costa sergipana”, clamou o senador.