“Se Susana renunciar resolve o problema. Por que não renuncia? Ou não confia em Gilmar Carvalho?”, indaga
Por Joedson Telles
Ainda sob a fumaça da liminar que obteve, na tarde de ontem, quarta-feira 19, junto ao Tribunal de Justiça de Sergipe, no sentido de anular, mais uma vez, a eleição da deputada estadual Susana Azevedo (PSC) para conselheira do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE/SE), o ex-deputado estadual e atual secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, disse ao Blog do Joedson Telles que “é fácil” Susana ser eleita sem dar margem para ele entrar na Justiça.
Segundo Belivaldo, basta apenas à deputada renunciar ao mandato, o suplente de deputado Gilmar Carvalho (PR) assumir a titularidade e votar nela, somando, assim, os 13 votos que ela precisa para, “sem mudar as regras do jogo no meio do campeonato”, chegar ao TCE. “Se Susana renunciar resolve o problema. Por que não renuncia? Ou não confia em Gilmar Carvalho?”, indaga Belivaldo Chagas.
O secretário de Educação explicou que em Susana renunciando, Gilmar assume e, como seu voto seria validado, não seria necessário o voto da presidente, a deputada Angélica Guimarães (PSC), para somar os 13 votos que elegeriam Susana. Isso feito dentro de uma eleição aberta e por maioria absoluta, acredita Belivaldo, não daria motivos e nem brechas para ninguém buscar a Justiça. “Eles (oposição) têm 14 deputados, o governo só tem 10. Seria uma eleição limpa. Transparente. Estou dando a solução”, acredita.
Insistindo na tese de que luta pela legalidade, e não pela vaga de conselheiro do TCE, Belivaldo assegurou não ter problema algum com a deputada Susana Azevedo. Observou que ele teria uma eleição tranquila para o TCE, mas, como o grupo se dividiu (quando da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa o governador Marcelo Déda e o senador Eduardo Amorim romperam a aliança), a história mudou. “Caiu no colo de Susana. Mas não tenho nada contra ela. Fui deputado 16 anos, sou advogado e defensor público. Conheço o regimento da Casa e os meus direitos. Por isso que fui três vezes à Justiça e ganhei”, disse.