Por Joedson Telles
Ainda repercute a entrevista que o deputado Laércio Oliveira concedeu ao Universo, no último final de semana, na qual zagalleou, ao mandar um recado para menos de meia dúzia de insatisfeitos com sua presença no agrupamento do governador Jackson Barreto.
O fato de tais “aliados” estarem semeando ventos frios, sobretudo em emissoras de rádio, motivou o presidente do Solidariedade a alertar espíritos da sua solidez frente ao embate: “a regra é bateu levou”, avisou o deputado ao fogo amigo via Universo.
Pelo menos para o que assina este texto, um Laércio Oliveira longe de surpreender. Cunhou, certa feita, um político sergipano que à porta da Assembleia Legislativa há um “mata burro”. E, vez por outra, cabe ao ímpar orador Venâncio Fonseca avivar a frase acrescentando que ali não tem criança.
Deixo aqui a minha humilde, mas coerente contribuição: no mundo político, e não apenas no Legislativo genuíno, não há espaços para os tolos. Fracos. Covardes… Ao zagallear, Laércio Oliveira afasta o cálice de pronto.
Laércio mostra que não apenas aprendeu rápido as regras do jogo como também que tem habilidades para jogar. Enfrentar de frente. Além disso, cá pra nós, Laércio tem motivos de sobra para não baixar a cabeça.
E não é apenas pelos 84.198 votos que lhe garantiram o segundo lugar na eleição para a Câmara Federal, em 2014: Laércio tem serviços prestados a Sergipe e é ficha limpa – traços que na era das redes sociais e da Lava Jato têm peso decisivo para o que, de fato, conta como oxigênio para manter vivo qualquer projeto político: o voto do eleitor.
A imagem de Laércio Oliveira jamais foi atrelada ao dicionário da conduta inapropriada. Peculato? Crimes de responsabilidade? Corrupção passiva? Lavagem de dinheiro? Formação de quadrilha? Crimes afins? Laércio não. Procure outro. Goste-se ou não de Laércio, o carimbo negativo não lhe marca a testa. E este perfil, evidentemente, lhe aproxima do eleitor, que cobra cada vez mais honestidade dos políticos.
Eis a equação exposta a olho nu: densidade eleitoral + serviços prestados + decência = boa imagem. Noves fora, ciúme de macho no jogo da política. No jogo da que parece uma eterna luta por espaços à custa do voto do eleitor – e na qual não há lugar para oferecer a outra face. E, sendo assim, a regra não pode ser outra: bateu levou. Só demagogos ou desavisados tentam acarear o óbvio.