“Nós queríamos encerrar o ano com chave de ouro”, foi com essas palavras que o prefeito João Alves Filho ressaltou na manhã desta quarta-feira, 30, no conjunto Castelo Branco, na realização de mais uma edição do programa Prefeitura nos Bairros. Com isso, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) leva ações de cidadania e melhoras às ruas da cidade.
O prefeito João Alves afirma que o trabalho da Prefeitura é constante para as comunidades. “Muito importante trabalhos como esse. Nós temos trabalhado de forma incessante e essas atividades são essenciais, pois sou um gestor que gosto de ver as coisas in loco, acompanhar todo o processo e despachar com os secretários em cada lugar. Um líder não pode ficar trancado numa sala e procuro sempre estimular os secretários, pois o prefeito não trabalha sozinho e a equipe tem que trabalhar coordenada em torno de um só objetivo, e um dos fundamentos que nós temos é servir a comunidade”, diz o prefeito.
Para o secretário a ação contou com o trabalho de diversas secretarias. “O objetivo é trazer pequenas reformas que às vezes é da maior valia para a população local, que são pequenos reparos numa praça, a pintura de um banco, brinquedos, um novo jardim, que proporciona alegria e isso causa um enorme efeito para a população. Todas as secretarias chamadas executivas estão aqui hoje”, conta.
José Carlos Machado, vice-prefeito da capital, aponta que essas ações é uma forma de atender as demandas das comunidades. “Eu sou defensor de soluções simples, baratas e que, na maioria das vezes, resolvem problemas extremamente complexos. A PMA está demonstrando aqui hoje e muitas outras vezes em outros bairros: que é expor um contingente de trabalhadores e estes, atendendo as reividicações da comunidade vem ao lado da mesma e resolve boa parte das questões. Dependendo da atual administração pública será uma ação permanente, pois João Ales tem uma visão de futuro e isso o torna diferente de outros gestores”, declara Machado.
O presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), João Paulo Sobral, fala que a união das secretarias é o fator principal no diferencial dessa ação. “A importância principal é reunir as secretarias e solucionar problemas que depende de uma ou mais pastas e trabalhar de forma conjunta e eficaz. Executamos hoje todo serviço de área verde e outros serviços que estão de acordo com a alçada da Emsurb”, afirma.
“O trabalho vai continuar”, assim fiz o secretaria de Comunicação Social, Carlos Batalha, que ainda completa “a prefeitura quando lançou esse programa, objetivou trabalhar em regime de mutirão e trazer resultados mais rápidos do que é executando de forma diária. Então hoje foi a vez do Castelo Branco e outros bairros serão contemplados, sendo que este bairro foi dividido em 3 etapas e hoje é a primeira etapa e o trabalho prosseguirá próxima semana e assim todos os outros serão contemplados”, conta.
Aprovação
Vera Torres, representante da associação do bairro Castelo Branco, fala que todos já estavam aguardando essa ação. “A necessidade de uma ação dessa estava na hora e um mutirão desse só veio a beneficiar a todos e vamos ter uma entrada de ano com nosso bairro bonito e arrumado. Só temos a agradecer”, comemora.
Morador da localidade, José Dourivaldo dos Santos, a prefeitura está fazendo um bom trabalho. “A prefeitura faz a parte dela e o trabalho é por esse caminho, pois o que se faz é melhorar o que estava estragado no passado e isso leva tempo, pois a demanda é grande”, argumenta.
Já para Darliene da Silva trabalho como esse agrada a todos. “Eu vejo esse serviço de muita importância de cuidar do local que nos vivemos mais agradável e bonito. Por isso é nota 10”, conclui.
Por Joedson Telles
O ano de 2015 termina ratificando que os fatos jamais usam da aleivosia: Jackson não sabe administrar e ponto final. Lutou a vida toda para chegar e não disse a que veio. Frustrante. O espírito de gestor passa a um oceano de distância. Não nasceu para a coisa, entende? Escala mal, projeta pior e vale-se da anarquia em momentos sérios. E pelo amor de Deus: não impute ao que assina este texto a patente da roda. Sequer era jornalista quando o então prefeito Jackson Barreto deixou a Prefeitura de Aracaju por motivos mais que conhecidos. Além disso, olha o caos que vive Sergipe na sua gestão.
Quem pode duvidar da vontade do governador acertar? De se esforçar para não servir de chacota enquanto gestor por parte de adversários políticos e em mesas de bares de Sergipe? De tentar fazer a coisa certa e não ser alvo de críticas de jornalistas lúcidos e independentes pautados no coletivo? De planejar desviar-se da revolta que toma conta de sergipanos e irmãos que amam este estado e sentem-se órfãos de um projeto eficiente para oferecer soluções variadas? Pode, sim, haver sinceridade nas palavras do governador quando fala em esforço. Em tristeza. O juízo é sempre temerário. O problema é que isso não resolve as mazelas. Choramingar frente ao contraditório não muda nada. Jogar a culpa na crise e os problemas nas costas dos que por aqui vivem é uma fórmula esgotada…
Cresci ouvindo que a virada do ano é a época ímpar para a reflexão que garantirá dias melhores. Como faço isso dia a dia, não levo a frase muito a sério. Aliás, creio que Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados… Certas datas emergem bem mais para alimentar a cultura capitalista do que propriamente para homenagear personagens aludidos sentimentalmente.
Mas vamos lá. É o clima. O que o final deste ano de caos para os sergipanos e para todos que escolheram este estado outrora tranquilo para viver pode pautar uma mente lúcida pronta a refletir? Antes de o internauta pensar na resposta, divido o meu tema.
Voltemos ao dia 16 de julho de 2013. Uma terça-feira. O saudoso Marcelo Déda está no leito de um hospital, em São Paulo, lutando contra um câncer covarde, que, precocemente, o tiraria não apenas da política, mas, sobretudo, da sua família e amigos para sempre – em se tratando de matéria. E o que faz Déda, que apesar de debilitado fisicamente, tem a mente funcionando perfeitamente? Vai ao Twitter e desabafa:
“Jackson nomeou presidente da Codise à minha revelia. Estou triste e decepcionado. Minha saúde não me permite mais do que o desabafo. Não comentarei mais o tema. Devo concentrar-me na minha saúde por recomendação dos médicos e necessidade de preservar minha vida”, posta o saudoso, resumindo seu drama.
Antes, o mesmo Déda já havia criado o chamado “Núcleo de Governança”, rejeitando, assim, confiar o seu governo ao então vice-governador, Jackson Barreto, no momento em que a saúde não lhe permitia governar. Déda sempre foi tido como um homem inteligente.
Fito Sergipe, hoje, e lembro estas duas atitudes lúcidas do saudoso Marcelo Déda, que não há retórica governista, tampouco discurso de serventia que consigam apagar da história. Em ambos os momentos, Déda não deixava dúvida: não confiava, não comungava, não queria Jackson Barreto ditando os destinos de Sergipe. Era como se antevisse ali o caos que torna Sergipe refém do seu pior momento nos dias atuais. E ajuizasse em pensamento o lúcido pressuposto: “Jackson não nasceu para ser governador”…
Há quem ache o sentimento paradoxo, já que Déda o aceitou como vice. Há uma ponta de razão, evidente. Mas com a “necessidade” de construir um governo de coalizão e com a caneta permitindo – como permitiu – ao governador, mesmo afastado, controlar o Estado via “Núcleo de Governança”, é possível separar os fatos. Uma coisa é confiar. Outra bem diferente é tolerar por conveniência política como reza o jogo. Com Déda morto, vence o benefício da dúvida. Fico com a segunda opção.
O sentimento de Déda, ao postar que “estou triste e decepcionado…”, parece ter perpassado Sergipe. Exceto quem está ganhando de alguma forma com esse governo e dar de ombros ao coletivo, a tristeza é geral. Não digo decepção. Muitos já esperaram Jackson em Jackson. Mas tristeza, revolta, indignação são sentimentos incontroláveis.
Reflito sobre esta triste realidade, caro internauta. Penso como deve estar a cabeça de quem acreditou no então candidato Jackson Barreto e, hoje, é vítima do seu desgoverno – seja como servidor público ou como cidadão que precisa dos serviços públicos funcionando bem. Mas penso, sobretudo, em que paga uma conta que não é sua. Aqueles que já sabiam que Jackson não nasceu para ser governador e não respaldaram o caos antecipadamente nas urnas. Estes, sim, as maiores vítimas do governo que perde feio para a bandidagem, maltrata o servidor público e não corresponde expectativas também na prestação de outros serviços.
A parte boa da reflexão, no entanto, é que o final do ano também é tempo de esperança. E, se o próprio ano se renova em si mesmo, só mais três finais de ano e pronto: Sergipe estará livre. Deixará de ser refém do seu pior momento. Sergipe poderá, enfim, juntar os cacos e retomar seu caminho de desenvolvimento. Sergipe é feito de um povo guerreiro jamais jogaria a toalha. Seja lá quem for o sucessor do atual governador, o consolo é que a gramática não aceita a frase “pior que o pior”. Ou como diz o deputado federal Tiririca: “pior do que está não fica”. Sergipe dará a volta por cima. Reescreverá sua historia, com certeza. E Jackson? Bom, creio que um dia refletirá sobre o que fez com a dele.
Feliz 2016.
Por Joedson Telles
O ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) projeta 2016 como um ano melhor para Sergipe, em relação ao ano de 2015. Segundo ele, o governador Jackson Barreto (PMDB) buscará soluções criativas, inovadoras para enfrentar os problemas oriundos da crise econômica que vive o Brasil. “Eu espero, torço, e vou colaborar, à medida que for convocado, para que o governo supere as questões porque esse é nosso papel. De enfrentar e não de ficar fora. E acho que Jackson vai enfrentar. Jackson tem uma história de vida e de participação política que sempre foi de enfrentar os problemas e resolver os problemas. Eu acho que ele vai enfrentar os problemas e encontrar soluções”, disse Edvaldo.
Segundo o ex-prefeito, o Governo do Estado pode até não conseguir resolver todos os problemas, mas lutará para isso. “Trabalhar, enfrentar é dever de todo líder político e de toda pessoa que ocupa cargo executivo. Não querer culpar os outros e enfrentar os problemas. Acho que é isso vai fazer agora o governo. Jackson viveu um momento que precisou se ausentar, Belivaldo fez um belo trabalho, conseguiu dar continuidade. Avançar algumas questões, mas o governo está vivendo problemas graves que precisam ser superados a curto, médio e a longo prazo. Esse é o papel e eu acredito que Jackson vai enfrentar essas questões”.
A prefeita de Riachuelo, Cândida Leite entregou na manhã desta quinta-feira, (24), importantes obras no município; a nova sede do Conselho Tutelar, a Praça Francisco Rabelo (casa lotérica), uma quadra de esportes e a Escola Municipal Márcia Leite Franco, no povoado Central.
Nesta manhã de véspera de Natal, a gestora municipal também entregou a chave de quatro motos, sendo uma para a secretaria de Saúde, outra para a Educação e ouras duas para o patrulhamento de vigilância, além de um Doblô, que será utilizado pela secretaria de Assistência Social.
“Este é o resultado de investimentos importantes feitos na nossa gestão. O novo Conselho Tutelar representa melhores condições de trabalho para os conselheiros municipais em garantir os direitos das crianças e adolescentes. A nova escola no Central proporciona mais conforto para estudantes e educadores, além de mais estrutura para o desenvolvimento de atividades extracurriculares. A quadra e a praça vão permitir mais lazer para quem mora no povoado Central e na sede. Estou muito feliz em mais uma vez trazer benefícios ao nosso povo”, destacou a prefeita.
Durante as entregas, a prefeita Cândida Leite estava acompanhada de secretários municipais, vereadores, conselheiros tutelares e a comunidade, que fez questão de agradecer à gestora municipal as ações executadas na atual administração.
Enviado pela assessoria
O senador Eduardo Amorim (PSC) participou da entrega de veículos à Prefeitura de Simão Dias, no último sábado, dia 26. Mais de R$ 300 mil em emenda parlamentar foram destinados para a compra de um caminhão-caçamba basculante, um automóvel utilitário e uma motocicleta para as secretarias de Obras e Agricultura do município. Eduardo elogiou a administração do prefeito Marival Santana por continuar beneficiando a população mesmo em meio à crise que o País e o Estado vivem. “A administração de Simão Dias está dando o bom exemplo. Mesmo com a crise dá o exemplo. Com salário em dias e respeitando o servidor público. Enquanto isso, o Governo mais poderoso, que é o Governo do Estado de Sergipe dá o mau exemplo. Com 13° parcelado e ainda para pegar empréstimo no banco estadual”, disse.
A Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e em parceria com o Procon Municipal, inaugurou na tarde desta quarta-feira, 23, as balanças para conferência do consumidor. A solenidade foi realizada no Mercado Albano Franco, mas serão instaladas outras balanças nos mercados do Augusto Franco, Bugio e bairro América.
A intenção da implantação das balanças é dar mais segurança ao consumidor quanto ao peso dos produtos. “O principal objetivo foi atender uma solicitação dos consumidores e também dos feirantes que faziam diretamente aos fiscais da Emsurb, diretamente a diretoria, foi uma cobrança muito forte e nós aceitamos as solicitações e realizamos”, explica o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), João Paulo Sobral.
“O pedido era que tivesse uma balança aferida pelo Inmetro sem ser do próprio comerciante para que os consumidores pudessem conferir suas mercadorias. O intuito disso é que o consumidor do mercado confira realmente aquele peso que ele está comprando, tudo aqui é geralmente fracionado então eles compram, fracionam e vêm conferir o seu peso”, destaca o presidente.
O diretor de Espaços Públicos da Emsurb, Luiz Carlos (Branca de Neve), enfatiza que o papel da Prefeitura é dar segurança ao consumidor. “No mercado teremos duas balanças, uma que atende setores de peixes e carnes e a que atende os hortifrutigranjeiros. Não é desconfiando dos comerciantes do Mercado, já que entendemos que todos têm índole perfeita, porém na sociedade a gente precisa ter o controle e a prefeitura precisa fazer o seu papel. O papel da prefeitura é fazer com que a população se sinta segura na questão da aferição do peso daquilo que ele está levando, porque ao comprar o produto as pessoas precisam ter a certeza de que está levando o quilo correto”, diz Branca de Neve.
Aprovação da população
A aposentada Miriam Bezerra da Silva costuma fazer compras no Mercado e aprovou a implantação das balanças. “Eu acho uma ótima iniciativa, isso é muito bom, pois a gente vai conferir o peso das nossas compras, se está tudo certo. Acho ótimo, uma boa ideia. E vou passar a ir sempre ali conferir os pesos das minhas compras”, disse a aposentada.
Já a cozinheira Sheila Santana dos Santos disse que costuma perguntar se a balança está correta, agora irá utilizar as balanças implantadas. “Acho correto, é bom porque pelo menos o consumidor está conferindo o que comprou ao feirante. Acho sim uma boa iniciativa, estamos comprando uma coisa que estamos tendo certeza que os pesos das balanças estão corretos. Eu sempre pergunto se o peso está certo, agora vou vir sempre conferir na balança do consumidor”.
Por Joedson Telles
Ao ratificar mais uma vez seu apoio ao provável projeto de reeleição do prefeito João Alves Filho (DEM), tendo José Carlos Machado (PSDB) como vice, o deputado federal Laércio Oliveira (SD) afirmou que os entendimentos políticos feitos para as eleições de 2016 devem ser estendidos ao ano de 2018, quando haverá eleições para presidente da República, governador do Estado, senador da República e deputado estadual e federal. Laércio não esconde o seu desejo de entrar na disputa por uma das duas vagas de senador ou mesmo disputar o Governo do Estado.
“Não tenho porque esconder: eu construo uma ação política consciente com os pés no chão do mandato daquilo que tenho que fazer enquanto deputado, mas olho horizonte. E o meu horizonte é este: construir uma carreira política cuja intenção inicial não é mais ser candidato a reeleição de deputado federal. Posso ser candidato a governador ou a senador. Depende o cenário político da época. Faço uma política grande voltada em defesa do setor produtivo nacional, mas neste contexto existe várias derivadas e uma delas pode ser traduzida na necessidade de ser candidato a governador”, disse Laércio Oliveira.
Solidariedade
O deputado Laércio Oliveira reuniu, na manhã da última quarta-feira, dia 23, correligionários do Solidariedade, partido do qual é presidente em Sergipe, no Hotel Celi, e fez um balanço positivo da atuação da legenda não apenas em Sergipe, mas também no resto do Brasil. Laércio enfatizou que as eleições 2016 serão diferentes de outros pleitos por entender que o chamado submundo da política deixará de existir. Isso porque as investigações de órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal intimidaram o uso do dinheiro que vinha desequilibrando os pleitos cada vez mais a cada nova eleição.
“O caixa dois sempre foi corrente em todas as eleições e desequilibrava muito o processo político. O capital sempre vencia a ideia. Então, tenho aconselhado os meus correligionários a pensar a política como é na sua essência: de porta em porta. A política do convencimento. E não do financiamento. Muita gente se aproxima dos partidos políticos dizendo que vai disputar as eleições tão somente na intenção de uma prática recorrente: pegar o dinheiro de um, de outro e vai fazendo política buscando seus interesses. Não vai existir mais. Acho que a política, e 2016 será o teste, será do convencimento. Recursos oficiais”, aposta.
Laércio Oliveira observou ainda que há uma espécie de círculo vicioso, quando o dinheiro decide uma eleição, já que, uma vez eleito, o político acaba refém dos chamados “cabos eleitorais”, que, por sua vez, passam a ser o que no mundo político se conhece como “apadrinhados”, que ocupam setores públicos, através dos cargos comissionados, nem sempre por competência. “Alguém cobra a fatura depois. Quando você corta o mal pela raiz, você faz uma política que gosto muito: se o governo é municipal tem a cara do prefeito. Mas existe uma prática que o tal do governo de coalizão. Detesto. Já é atrofiado. Se fulano fez isso é preciso dar algo para ele. E a gestão? O gestor quer implementar seu ritmo, mas são tantas fatias do bolo que não sobra nada. Essa prática precisa mudar”.
A Prefeitura de Aracaju informa que algumas obras serão paralisadas devido às férias coletivas dadas pelas construtoras aos funcionários. Os trabalhos só retornam dia 4 de janeiro de 2016, quando as férias dos funcionários terminam. A única obra que não vai parar é a da duplicação das avenidas General Euclides Figueiredo e Paulo Figueiredo Barreto, localizadas na zona Norte de Aracaju, que foi iniciada no dia 18 de dezembro.
Na manhã desta segunda-feira (21), o deputado federal Fábio Reis (PMDB), vice-líder do PMDB na Câmara, participou da inauguração da Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus Lagarto, ao lado do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, do governador do estado, Jackson Barreto, e do reitor da UFS, Ângelo Antoniolli.
Fábio Reis destinou à UFS mais de R$ 800 mil, que foram investidos na estruturação do campus e no curso de odontologia. A atuação do parlamentar foi elogiada por todas as autoridades presentes na solenidade.
O reitor da universidade, professor Ângelo, destacou a parceria entre o deputado e a instituição. “Agradeço ao deputado Fábio Reis pela parceria com a universidade, pois ele destina e luta pela liberação das emendas”, afirmou.
Em sua fala, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do deputado para o campus da Saúde. “Lembro que ainda estava na Casa Civil quando recebi a visita do deputado Fábio Reis, que lutava pelo campus em Lagarto”, lembrou o ministro.
Mercadante frisou que o campus vai formar grandes profissionais que vão, futuramente, atuar na área e melhorar significativamente, a saúde na região. Ele também citou a história de sua família, de origem lagartense, que, por falta de opções de estudo no estado, mudou-se para São Paulo.
Para o deputado, educação deve ser prioridade. “Investir na educação é investir nos nossos jovens, no futuro deles e de toda a população que será beneficiada com a atuação dos futuros profissionais” salientou.
A solenidade contou ainda com as presenças do vice-governador Belivaldo Chagas, da deputada estadual Goretti Reis, do prefeito Lila Fraga, servidores docentes e técnicos, estudantes, gestores da universidade, autoridades e comunidade local.
Criada no dia 12 de junho de 2009, a UFS de Lagarto trouxe para a região Centro Sul de Sergipe uma nova oportunidade para os estudantes, que buscam nível superior gratuito através da principal universidade do estado.
No programa Jornal da Manhã, ancorado pelos jornalistas da Jovem Pan, Rosalvo Soares e Paulo Sousa, o senador Eduardo Amorim fez retrospectiva da administração do Estado de Sergipe, em 2015, na manhã desta terça-feira, dia 22. Na ocasião, o parlamentar questionou sobre as principais promessas do atual governador do Estado que não foram cumpridas, sem contar na dívida pública que se aproxima dos R$ 6 bilhões de reais para ser liquidada em 20 anos.
“O Estado devia em 2008, cerca de R$ 829 milhões, ou seja, nós regredimos. Não foi apenas o empréstimo do Proinveste, nós lembramos mais deste, por conta das pancadarias que recebemos, apenas por termos cobrado transparência”, advertiu Eduardo que aproveitou o gancho para relembrar que há 30 anos, Sergipe foi o primeiro Estado do Norte/Nordeste a realizar transplante de coração e renal, e atualmente já faz cinco anos que não é realizado nenhum tipo de transplante.
O parlamentar sergipano pontuou também que Sergipe se tornou um dos Estados mais violentos; mais endividados; sem transparência; com maiores índices de analfabetismo e, por fim, um Estado sem gestão. “Os maiores prejudicados são os servidores, com os seus salários atrasados, décimo parcelado e total desrespeito. O rombo da Fundação Hospitalar de Saúde de Sergipe, por exemplo, já estava previsto. Esse era o nosso diagnóstico no ano passado, a previsão já era de R$ 200 milhões, está aqui escrito”, comprovou o parlamentar com suas análises impressas em mãos.
Segundo Eduardo, o maior desleixo do Governo é a obra do Hospital de Câncer de Sergipe que não passa do terraplenagem. Ele também disse que foi a primeira vez na história, que o Tribunal de Contas da União suspendeu um edital de licitação para uma obra que não foi iniciada. “É muito inoperância, é muita maldade. Gostaria de saber quanto tempo ainda vamos esperar. A morte não espera; o câncer não espera. É muita desonestidade com o povo, com a gente”.
Por Joedson Telles
Vejam só o que encontro no Ne Noticias. O juízo é atribuído ao juiz de direito Gustavo Plech. Depois entro em campo.
“Talvez houvesse a equivocada impressão de que o Estado era infalível e que haveria suporte para tocar os serviços públicos sem abrir mão dos apadrinhamentos e das colocações políticas, a exemplo da Casa Civil que, quase sempre, Governo pós Governo, sempre esteve lotada por cabos eleitorais as expensas do Erário. Outro exemplo perfeito do mau uso do Estado são as famigeradas incorporações, que por longo tempo foram admitidas pela própria Legislação Estadual, enquanto na esfera federal tal prática já havia sido abolida há mais de 20 anos. Mesmo extintas, seus efeitos ainda serão suportados pela Administração Pública nos próximos 50 anos, a exemplo de alguém que com 30 anos já tenha incorporado um cargo e que tenha entre atividade e inatividade uma expectativa de viver ate os 80 anos. Essa conta caberá a sociedade pagar…”
O juiz continua: “O mais drástico, porém, é que após um determinado lapso temporal – a partir do quinto ano – o servidor, incorporava a metade da gratificação e a cada ano seguinte o restante dela, chegando a sua totalidade. E para completar o efeito devastador nas contas públicas, uma vez incorporado o cargo aos vencimentos o servidor era exonerado do cargo para que fosse dada a vez para que outro o incorporasse, fazendo com que o mesmo cargo fosse incorporado “N” vezes. Além de tudo isso, a forma de provimento desses cargos, principalmente os de maior monta, quase sempre não se baseava nos critérios mais republicanos e justos de observância de mérito”, observa Plech.
No gramado. Sabe o que é pior nisso tudo? É que o juiz não trouxe novidade em sua indignação. A não ser, exceto, pelo peso que tem um juiz em nossa sociedade, evidente. Mas todos neste pequeno estado têm consciência da força com que se sangram os cofres públicos amparados em leis estrábicas e sem cor partidária. E tudo continuará do mesmo jeito.
É curioso também atestar que, em muitos casos, são justamente pessoas que se beneficiaram do legal, mas imoral que se arvoram a dar lição de moral. Criticar Lula, Dilma, FHC, Aécio, João, Jackson… Qualquer político. Parece o passatempo predileto. Sejam nas redes sociais ou nos bares da vida, há sempre um ícone deste a ajuizar sobre variados temas.
O jornalista Carlos Heitor Cony disse certa vez que “o homem é um projeto falido”. A incoerência e a falta de empatia com o próximo ajudam a justificar o raciocínio, evidente. E aqui, lógico, entram também pessoas que não conseguiram se beneficiar do sistema, mas que pensam da mesma forma. Só não têm a mesma chance.
Ainda assim, não seria tão radical quanto o Cony. Até por ser cristão, creio que há muita gente que pode, sim, mudar a visão de mundo, adquirir valores diferentes e aumentar a exceção da regra do meu primeiro quando a farinha está perto de escapar 100% do vaso. Pessoas que podem ajudar a construir um mundo melhor, pensando mais no coletivo.
Admito, contudo, que a distância é tão gigantesca que respeitar as regras de trânsito e responder a um simples “bom dia” de uma pessoa estranha, mas educada já seriam evoluções significativas para o tipo.
Por Joedson Telles
Recorramos a Xande de Pilares: “muita calma nessa hora”… Será que ainda tem gente ingênua o suficiente para acreditar que se o prefeito de Aracaju fosse Edvaldo Nogueira, Valadares Filho ou qualquer outro do mesmo grupo, 100% dos vereadores que votaram contra o aumento no preço da tarifa do transporte coletivo, ainda assim, manteriam o voto contrário e estariam dando show de retórica popular? 100%? E aí?
É certo que estamos na época do Papei Noel, mas é só ter memória para lembrar como eram as votações na Câmara de Aracaju antes de o prefeito João Alves Filho assumir, em janeiro de 2013, e atestar o óbvio da incoerência. Quem já foi vereador de situação sabe como foram raros – ou inexistentes mesmo – os momentos que contrariaram o aliado ocupante do Poder Legislativo Municipal. Incluindo aí aumento zero para o servidor.
E mais: dos vereadores que votaram a favor, evidente, nenhum ou quase nenhum votaria do mesmo jeito, se o prefeito fosse adversário. Assim caminha a nossa política não se sabe para onde: votar pela conveniência no varejo ainda quando contraria o atacado. E tome incoerência ao criticar adversários por fazerem a mesma coisinha. A oposição de hoje foi situação ontem e tenta voltar a ser amanhã. Eis os dados viciados a favor do jogador.
Por dever de justiça, contudo, registro que a cultura não é exclusividade de Aracaju. Tampouco de Sergipe, já que na Assembleia Legislativa o governador Jackson Barreto não tem a menor dificuldade de aprovar nada – mesmo quando anda na contra mão dos interesses do coletivo. O problema persiste em todos os parlamentos do Brasil. O Poder Legislativo tem, via de regra, sempre muita boa vontade com o Poder Executivo. Laços fortes e renováveis beirando a subserviência “não se sabe o motivo”.
Nesta segunda-feira, dia 21, o senador Eduardo Amorim (PSC) aproveitou a passagem do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, por Sergipe e esteve reunido com ele para tratar de solicitações para o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e para a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Na ocasião, estavam presentes o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, o reitor do IFS, Ailton Ribeiro, a secretária de Educação de Aracaju, Márcia Valéria.
Entre os pleitos para o IFS estão a conclusão das obras do campus São Cristóvão e o reinício da construção do campus Propriá. “Viemos solicitar ao ministro Aloizio Mercadante a continuidade dessas importantes obras para os jovens de Sergipe. Já estivemos com o reitor Ailton na semana passada e com o prefeito João Alves para que pudéssemos solicitar o fechamento do canal localizado em frente ao campus Aracaju, o que já foi garantido com a Prefeitura e, hoje, estamos aqui para reivindicar melhorias para os campi de São Cristóvão e Propriá”, disse Eduardo Amorim.
Para o encontro com Mercadante, o senador Eduardo Amorim também convidou o prefeito de Aracaju e a secretária de Educação, onde três pontos básicos foram solicitados para a capital sergipana. “Viemos conversar sobre três principais questões. A primeira que tem a ver com o Pro Jovem para que ele nos dê a primeira parcela devida em 2015 e se estabilizem os conflitos entre professores e alunos pela não oferta de aulas. A segunda: ampliação da oferta de vagas através da construção de unidade infantil e que tem a ver com o novo projeto de Aloizio Mercadante, que são módulos adicionados à unidade de ensino. E a terceira sobre o percentual do piso nacional dos professores em 2016”, disse a secretária Márcia Valéria.
O ministro Aloizio Mercadante se mostrou propício a atender os pedidos e dará sua contribuição para que os trâmites sejam iniciados.
O deputado estadual Valmir Monteiro (PSC) esteve presente à inauguração do Campus de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no município de Lagarto. O deputado lembrou que a obra é fruto de uma parceria entre ele, na época prefeito de Lagarto, e o saudoso Marcelo Deda (PT), então governador de Sergipe. “Todo politico deixa uma marca ou pelo menos contribui para que algo de muito bom seja lançado a favor do crescimento e desenvolvimento de um município. Estou muito feliz e emocionado em poder estar presente nesta cerimonia de inauguração. Gostaria de olhar para o lado e ver o meu amigo e eterno Marcelo Deda aqui comigo. Sei que ele deve está muito contente com essa realização. Como politico e, principalmente como amigo, digo em alto e bom som: eu e todos os lagartenses lembramos de você, Marcelo Deda”, disse Valmir. Monteiro.
Por Joedson Telles
O deputado federal João Daniel (PT) está confiante que no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguirá reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) que cassou seu mandato, atendendo ao apelo do Ministério Público Federal de Sergipe (MPF/SE) no polêmico caso de repasse de verba de subvenção social quando ele, João Daniel, exercia o mandato de deputado estadual na legislatura passada (2010/2014). “Nós não devemos nada, não usamos nada de subvenção eleitoralmente, muito menos recurso financeiro. E nós vamos mostrar isso e espero e confio que em instâncias superiores olhem de maneira técnica e não como foi aqui, que foi uma decisão política para retirar, cassar nosso mandato que é comprometido com movimentos sociais, populares, em especial os mais pobres do campo que são os sem-terra, quilombolas e índios”, afirma. Ainda nesta entrevista, o deputado, um dos maiores defensores do governo Dilma Rousseff na Câmara Federal, explica o que o leva a enxergar a tentativa de impeachment contra a presidenta como um golpe na democracia, na vontade popular expressa nas urnas nas eleições de 2014. “A presidenta Dilma não cometeu nenhum crime. Ela é uma das mulheres mais íntegras e honestas da história política do Brasil e que nunca botou a mão para impedir qualquer tipo de apuração, contra qualquer investigação em qualquer repartição pública, estatal e no governo federal. Essa história de pedalada fiscal é uma mentira que querem plantar como verdade. Isso não existe! Todos os governos anteriores a Dilma e a maioria dos governadores fazem isso e não é errado. São decisões que cabem ao presidente da República. O presidente não é um boneco, é um gestor”, diz João Daniel, que ainda comenta as eleições 2016 para prefeito de Aracaju e a importância de o PT ter nome para a disputa.
Qual o balanço do seu primeiro ano na Câmara Federal?
O nosso balanço nesse primeiro ano é muito positivo. Como é de conhecimento de todos os brasileiros, vivemos um período quando, apesar de termos eleito a presidenta Dilma Rousseff, no sentido de termos um governo progressista, comprometido com os interesses nacionais e de avanços populares no Brasil, por outro lado a maioria eleita para a Câmara é formada por políticos conservadores, ligados a grupos econômico, a exemplo da bancada ruralista, fundamentalistas e grupos que representam grupos conservadores. Em termos de Câmara, tivemos um ano onde os grandes projetos que foram lá debatidos e aprovados não ajudam a avançar a democracia e conquistas para o povo. Ao contrário, retiram direitos dos trabalhadores. Mas nós nos posicionamos em todos os projetos na defesa dos brasileiros, da classe trabalhadores e por um projeto que conduza a nossa Nação para a construção de uma sociedade mais igualitária, fraterna e com distribuição de riqueza. Na Câmara, atuamos em todas as Frentes que foram demandadas pela sociedade sergipana e brasileira, a exemplo de total apoio a um projeto de reforma política como o defendido por entidades como a CNBB E OAB e votamos na reforma junto com os interesses da sociedade brasileira. Passamos a integrar várias Frentes de interesse da sociedade, atuando em fóruns de interesse da região Nordeste e principalmente de Sergipe, também debatendo temas de interesse nacional, como a mais recente Frente que passo a comandar na bancada de Sergipe na defesa das editoras, do parque gráfico e do livro nordestino, para que possamos trabalhar esse tema e avançar no índice de leitura da nossa população, bem como tornando mais forte a participação da indústria nordestina nesse setor, que hoje é muito baixa, cerca de 1% no total do país. Tem ainda a Frente da Indústria Têxtil que estamos na coordenação, entre outras. Este ano também atuamos com demandas trazidas pela sociedade sergipana e transformamos em debates, e a partir delas utilizamos nosso mandato para chamar órgãos públicos estaduais e nacionais para ouvi-las e traduzimos isso em projetos de lei e indicações para a melhoria dessas demandas, a exemplo dos Seminários onde tratamos sobre a bacia leiteira do Alto-Sertão, a produção de arroz no Baixo São Francisco, a citricultura, as dívidas rurais e, no caso desta última, como resultado já temos indicações e projetos de lei elaborados, os quais se encontram hoje tramitando na Câmara aprovados na Comissão de Agricultura e indicações que já estão na Casa Civil e com a presidente da República, a exemplo solicitação para a prorrogação da lei das dívidas.
O senhor foi um dos poucos deputados cujo mandato foi cassado pelo TRE, nesta polêmica do repasse de verba de subvenção social, que não se escondeu da imprensa. Já recorreu? O que houve, na verdade?
Estamos aguardando a publicação e a decisão final do Tribunal Regional Eleitoral para podermos recorrer às instâncias superiores. Nunca escondemos nada e lamentamos que o Ministério Público Federal e o TRE de Sergipe tenham cometido uma injustiça com relação a nosso mandato. Nós não devemos nada, não usamos nada de subvenção eleitoralmente, muito menos recurso financeiro. E nós vamos mostrar isso e espero e confio que em instâncias superiores olhem de maneira técnica e não como foi aqui, que foi uma decisão política para retirar, cassar nosso mandato que é comprometido com movimentos sociais, populares, em especial os mais pobres do campo que são os sem-terra, quilombolas e índios.
O senhor tem dito, a exemplo de outros petistas, que o impeachment da presidente Dilma Rousseff é um golpe. Quais os argumentos que justificam este juízo de valor? É possível impedir o impeachment?
Os argumentos são, primeiro, qual foi o crime que a presidenta Dilma cometeu? A presidenta Dilma não cometeu nenhum crime. Segundo, ela é uma das mulheres mais íntegras e honestas da história política do Brasil e que nunca botou a mão para impedir qualquer tipo de apuração, contra qualquer investigação em qualquer repartição pública, estatal e no governo federal. Essa história de pedalada fiscal é uma mentira que querem plantar como verdade. Isso não existe! Todos os governos anteriores a Dilma e a maioria dos governadores fazem isso e não é errado. São decisões que cabem ao presidente da República. O presidente não é um boneco, é um gestor. Como é que a presidenta, sabendo que em um mês a arrecadação é menor e ela não teria recurso em caixa para fazer o pagamento do Bolsa Família ou outros programas federais, e sabendo que tem um banco estatal para usar para pagar e em seguida, quando arrecadar, faz o ressarcimento, não vai usar? Isso é normal. O que estão inventando é porque o Tribunal de Contas da União está, em parte, politizando a questão, sendo usado por Eduardo Cunha e setores conservadores, querendo tomar decisão política, o que não cabe ao TCU. Ao TCU cabe julgar. Os que trabalham pelo impeachment são setores atrasados, golpistas que querem interromper um processo democrático, popular, que querem encurtar a eleição, que têm medo de perder a quinta eleição. A próxima eleição presidencial é só em 2018 e não vamos aceitar e dar credibilidade a esse tipo de golpe feito pela oposição e Eduardo Cunha. Temos certeza que nem a Câmara nem o Senado, hoje, terão maioria para cometer esse golpe. Temos clareza que uma grande parte dos parlamentares sabe o que vai significar para ela esse tipo de votação, que a história vai cobrar quando se estará interrompendo um momento democrático, que governa numa crise que não depende da presidenta. Por isso que há essa pressão, porque vivemos um período com certo desemprego e recessão e há um trabalho muito forte da grande mídia e setores conservadores para criar condições de colocar na cabeça da população medo, para que não passe a acreditar, não sonhar mais e assim inviabilizar o governo da presidenta Dilma.
A insatisfação da população com o governo Dilma, sobretudo por conta dos aumentos e do desemprego, pode derrubar a presidente, como aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor, cuja rejeição levou o povo às ruas, pedindo sua saída?
São momentos diferentes, coisas diferentes. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. A impopularidade da presidenta Dilma se resolve com um novo momento que deve estar sendo criado no próximo período, quando volte a gerar emprego, a crescer a economia e onde os programas importantes para a população brasileira possam avançar e ser desenvolvidos pelo governo federal, a exemplo do Minha Casa Minha Vida e tantos outros que estão sofrendo dificuldade por falta de recursos. Mas há determinação da presidenta que esses programas não foram cortados, mas estão aguardando as condições e acredito que em 2016 vamos tê-los funcionando e a economia voltando a crescer, cresce também popularidade de Dilma. Porque ser impopular por essa condição não justifica nenhum tipo de golpe, de impeachment. Impopularidade o que pode existir é o candidato indo para a reeleição não se reeleger. Cabe à população e àqueles que hoje fazem oposição se preparar, ter candidato para a próxima eleição em 2018, disputar e possam ganhar. Impopularidade não tem nada a ver com impeachment e derrubada de governo. Quem faz oposição, que cobre a implantação dos projetos, do plano de governo. E isso a oposição não faz. Eles acusam o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, de ser ditador, mas ele acaba de encerrar uma eleição onde elegeu minoria, mas no dia seguinte reconheceu que perdeu, convocou a oposição e chamou para discutir projetos e a pauta. Aqui a oposição para dar o golpe, retirando a presidenta, ao invés de colocar qualquer proposta sobre a mesa. É uma oposição sem compromisso com o Brasil, com o povo brasileiro e sem um projeto de desenvolvimento econômico e social.
Adversários do PT dizem que o partido pediu impeachment de todos os ex-presidentes da República de outros partidos, mas, agora, enxerga o instrumento como golpe. Faz sentido?
Faz sentido. Naquele momento quando o PT pediu o impeachment tinha provas concretas, reais, de crimes que estavam sendo cometidos pelas autoridades. E podemos citar caso a caso e o PT, como partido que fazia oposição, discutia projetos, propostas. O que foi feito naquela época nada tem a ver com essa situação atual. E vai ficar provado: o maior crime de corrupção cometido na história do Brasil foram as privatizações, a exemplo da Vale do Rio Doce, uma empresa que valia mais de R$ 70 bilhões foi entregue por pouco mais de R$ 3 bilhões e o dinheiro para pagamento veio do BNDES, além dos ganhadores terem direito de vender e operar toda a nossa riqueza de minérios, entre tantos outros. Além das denúncias da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, como foi dito por vários deputados que receberam R$ 200 mil para votar a favor da reeleição. Então, é muito diferente. A presidenta Dilma não tem uma vírgula de chantagem com ninguém, nem ameaça de oferecer favores, muito pelo contrário. É uma presidenta muito republicana, onde trata oposição como trata situação, que trata os Poderes com autonomia e respeito que nenhum outro presidente talvez tenha dado a eles. Então, não tem comparação com outros governos com relação a essa questão.
Como o senhor avalia o comportamento da maioria dos políticos do PMDB frente à crise do governo Dilma? Houve traição ou o jogo político permite certas controvérsias?
O PMDB é um partido que vem ao longo do tempo com uma formação de vários grupos. Temos grupos comprometidos, combativos com os interesses sociais, a exemplo do nosso governador Jackson Barreto, e temos outros grupos que têm outros interesses, como o Eduardo Cunha. Então, na minha avaliação, não houve traição. O PMDB já era uma parte PSDB. O próprio Eduardo Cunha foi o coordenador da campanha presidencial de Aécio Neves no Rio de Janeiro. Uma parte do partido não apoiou Dilma na reeleição. E mesmo com Ministérios o PMDB não tem controle total da bancada. É uma situação complicada, mas a gente respeita. Mas não acho que houve traição. O PMDB na Câmara já era de conhecimento do governo que haveria dificuldade. Esse grupo que apoiou Aécio não vota com o governo. Mas metade do PMDB está com o governo e eu acho que isso vai se resolver, em parte, nesse momento. Até porque agora não temos mais quem fica em cima do muro. Vamos ter daqui pra frente quem é governo e quem é oposição, quem é golpista e quem quer ajudar o país e a presidenta Dilma a governar. A presidenta Dilma merece todo respeito e quem tem cargo e Ministério tem obrigação de ajudar e não inviabilizar.
Os partidos aliados do PT já lançaram nomes próprios como pré-candidatos a prefeito de Aracaju, nas eleições 2016. O PT já tem alguma definição? Terá candidatura própria?
Nós temos clareza que o PT precisa ter candidatura à Prefeitura de Aracaju. Se for possível, trazer um bloco de partidos e aliados é muito importante. Mas existe uma possibilidade muito natural de que cada partido queira ter o seu candidato. Eu acho importante que quem queira ter candidato, tenha, mas que garanta uma unidade no segundo turno das eleições, que um candidato da base que ajudou a eleger Jackson Barreto para o governo do Estado esteja unificado para um segundo turno contra a atual administração da capital, que fez oposição ao governo do Estado e ao governo federal. E é um projeto que deve nortear todos os aliados de Jackson Barreto e Marcelo Déda que fizeram grandes administrações em Aracaju e fazer com que esse projeto volte a um grande debate e seja vitorioso, de todas as forças progressistas na nossa capital. Portanto, entendo que no segundo turno todos estejam juntos, mas no primeiro vários partidos com sua candidatura própria. Acho justo, não é errado, para que se possa conhecer melhor as propostas, escolher o melhor candidato para governar nossa capital. E o PT tem uma história, governou por seis anos Aracaju. O partido tem histórico de administrações progressistas. O melhor prefeito em Aracaju foi Jackson Barreto e a administração mais organizada e com participação popular foi no período de Marcelo Déda. Portanto, temos que resgatar o período administrado pelo partido junto com os aliados e o que foi feito em Aracaju em todas as áreas. Temos nomes do partido colocados para debate. Hoje, o principal deles, colocado pela corrente Articulação de Esquerda, pelo nosso agrupamento – a Esquerda Popular Socialista (EPS) – e pelo presidente estadual do partido, Rogério Carvalho, e seu agrupamento é o nome da deputada estadual Ana Lúcia, que é um dos principais quadros preparados do nosso partido no estado de Sergipe, com quatro mandatos de deputada estadual, com experiência como secretária de Estado da Inclusão e municipal de Educação, ou seja, um quadro preparado, que tem apoio popular, base social organizada e que merece toda a credibilidade da sociedade e da militância para fazer uma grande disputa de projeto para nossa capital.
Serão eleições atípicas para o PT, por conta do desgaste do partido na pessoa da presidenta Dilma?
Isso é o que nós vamos ver lá na frente, mas não acredito nisso. Acho que as eleições são municipais e refletirão o projeto municipal. Vamos debater em Aracaju um projeto para Aracaju e em qualquer outro município pensando no debate local e nós temos um grande legado para levar para a população brasileira do que foram os 13 anos de governo federal governado por Lula e Dilma, com conquistas em muitas áreas. Temos muitos desafios, mas temos muitas coisas boas que precisam ser mostradas e defendidas nesse período eleitoral.