Reforçando o clima azedo entre o PSB e o PT, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) lembra que, apesar da grande amizade que existe entre ele e o ex-presidente Lula, a qual já garantiu os dois juntos no mesmo palanque em várias eleições, não há compromisso firmado para 2018. “Tomara que a eleição presidencial seja uma eleição normal onde todos que pretendem ser candidatos consigam ser, principalmente Lula. Se a Justiça liberar, que ele seja candidato. Ótimo que seja, mas não tenho compromisso nenhum com ele”, disse Valadares.
Valadares disse também que, na hipótese de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, algo que não acredita, “porque ele representa a extrema direita, o militarismo, claro que a maioria do povo brasileiro iria preferir Lula. Mas isso não significa que eu estaria me oferecendo, como já chegaram a insinuar”.
Valadares apontou a coerência do partido nas denúncias contra a ex-presidente Dilma e agora contra o presidente Temer, apesar dos momentos serem diferentes.” Aquele que errar não conta conosco. Alguém duvida como será o voto de Valadares Filho na nova denúncia contra Temer? Não há cargo que compre a conduta dos Valadares. Fui eleito três vezes senador da República porque o povo vota no meu passado e no meu trabalho, sempre com apoio do povo”, afirmou.
Sobre as eleições em Sergipe, Valadares avalia não ter como construir uma terceira via e ratifica sua distância do governador Jackson Barreto (PMDB). “Temos que fazer alianças políticas. Aqui em Sergipe não existe terceira força. Albano já enfrentou uma eleição sozinho e perdeu para senador. Mas a aliança não pode ser mais com o governador porque eu recebi um chute público, antes dele tomar posse. Se Amorim deu uma rasteira em Déda, Jackson deu uma rasteira em Valadares”, acredita.