Por Luiz Sérgio Teles
Nesta sexta-feira, dia 16, o presidente estadual do PSC em Sergipe, o ex-deputado federal André Moura, afirmou que o deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC) desconstruiu o trabalho de fortalecimento da legenda, visando às eleições 2020, quando disse publicamente que não gostaria de ser candidato a prefeito pelo partido. Segundo André, a atitude do deputado desmotivou todos os que estavam em torno do projeto, e o partido não ficará refém de Gilmar Carvalho até às vésperas da eleição.
“O próprio Clóvis Silveira, que veio para o partido e coordenava esse processo na capital, deixou muito claro que não adiantava trabalhar um projeto em torno de uma pré-candidatura e depois ser desconstruído. O partido perdeu o encanto e se o deputado Gilmar Carvalho sair para ser candidato em outro partido não temos compromisso em dar apoio”, disse, advertindo que o PSC está sendo muito respeitoso com o parlamentar, mas quer uma posição. “A Executiva Municipal se reunirá, nos próximos dias, para pedir um posicionamento do deputado Gilmar, para que ele deixe de forma clara a intenção de sair ou não do partido”, disse.
André Moura lembrou que, durante o ato de filiações ao PSC, que ocorreu no primeiro semestre, foi anunciada a possibilidade de uma pré-candidatura de Gilmar à Prefeitura de Aracaju. O deputado, entretanto, iniciou diálogo com outros partidos.
O presidente estadual PSC garantiu que se a decisão de Gilmar for sair do PSC, a Executiva Nacional não entrará com decisão judicial para tentar cassar o mandato de deputado estadual.
“O que não impede que seja feito pela Executiva Estadual. Qualquer pessoa que for portador de um título eleitoral pode requerer o mandato junto ao Ministério Público. Eu já disse ao deputado Gilmar que não quero ser obstáculo de projeto de ninguém. Se ele entende que para ser candidato a prefeito de Aracaju deve ir para outro partido, eu não irei atrapalhar”, assegurou.
Governo de Sergipe
André avaliou que a posição do governador Belivaldo Chagas (PSD), de não tentar esconder a real situação do Estado, tem sido digna e deve ser enaltecida. Porém, segundo ele, o Governo do Estado precisa fazer um choque de gestão. “Não adianta manter uma estrutura que está ultrapassada e não tem mais como suportar a realidade. Não adianta ficar somente sentado na cadeira achando que com recursos próprios vai conseguir manter o Estado”, disse.
Governo Federal
Em relação aos quase oito meses de gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), André Moura avaliou como um governo que ainda não se encontrou. Segundo o ex-deputado, a gestão tem mérito por aprovar a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, mas tem nota zero no quesito articulação política.
“É um governo que se alicerçou em uma única proposta. É um governo que no setor de investimento, este ano, ainda não mostrou para o que veio. Os ministérios estão praticante parados. O que o governo liberou nesse primeiro semestre até agora para os estados foi o que liberou para os deputados votarem na Reforma da Previdência. O Governo Federal não tem credibilidade e não constrói relação com outros países por ser radical. Mesmo aprovando a Reforma da Previdência, o impacto na bolsa de valores foi menor do que poderia ser”, disse.
Com informações da Fan FM
