“Estou no PMDB antes de Temer, de Romero Jucá, de praticamente toda a cúpula do partido hoje. Nós fizemos parte do momento mais bonito da história do MDB. Eu acho que por essa história temos o direito de sermos mais atendidos. E quando eu falo nós é o povo sergipano. Outros estados que têm outras representações políticas têm tido mais facilidade de conseguir recursos. E não é porque não temos projetos. Temos projetos em todas as áreas do governo. Eu conversei com Romero Jucá (presidente Nacional do PMDB) sobre a necessidade de avançarmos em algumas obras para nosso estado, e deixei na mão dele o projeto da construção de uma ponte que liga a avenida Tancredo Neves à Coroa do Meio”. O desabafo é do governador de Sergipe Jackson Barreto, cobrando respeito aos seus correligionários pelo povo sergipano.
O governador ressaltou a postura do senador Eduardo Amorim (PSDB) de se colocar à disposição do Governo do Estado para ajudar no que for preciso, e observou que ele, Jackson, não foi oposição aos governos Albano Franco e João Alves, quando era deputado federal. O governador, lamentou, entretanto, que, apesar de deputado federal André Moura (PSC) ter ajudado na obra do Aeroporto de Aracaju, forças políticas não torciam para o projeto andar.
“Em Brasília, há denúncia de ministro que disse que parlamentares de Sergipe trabalham contra os interesses do Estado. Para que as obras não andem, pensando que se a obra andar vai fortalecer Jackson Barreto. Eu não preciso dessas obras para sobreviver. Quem precisa é o povo sergipano”, frisou.
Proinveste
O chefe do Poder Executivo Estadual falou sobre o projeto enviado à Assembleia Legislativa que autoriza ao governo alterar por decreto a ordem das obras a serem executadas com recursos oriundos do Proinveste.
“Nada que mude na essência o projeto. Quem fez oposição na Assembleia foi quem fez oposição a Marcelo Déda. O município que recebeu mais recurso do Proinveste foi Itabaiana, Maria Mendonça votou contra a obra do Ceasa de Itabaiana, mas, na hora que inaugurar, ela vai estar lá para fazer festa. Eu acho que a Assembleia tem liberdade de aprovar e desaprovar, mas a gente precisa dessas obras”, avaliou.
Servidores
Em relação ao pagamento da folha dos servidores do mês de julho, o governador alertou que, se houver queda do Fundo de Participação do Estado (FPE), o planejamento terá que ser repensado. “Ano passado fomos surpreendidos com uma queda de mais de R$ 70 milhões de reais de junho para julho e isso causou danos no pagamento da folha. Estamos preocupados com o que venha a acontecer. O fundo de participação é uma das fontes de receitas mais importantes que temos aliada ao ICMS. Se cai, altera qualquer planejamento que venhamos a fazer para pagamento do pessoal”, disse.
Eleições 2018
Sobre as eleições 2018, Jackson acredita que a partir do mês de agosto serão iniciadas as conversas. Ele pretende estabelecer um diálogo maior para fazer essa discussão sobre o futuro do Estado em função do que está acontecendo do no plano nacional.
“Agora não é hora de decisão, de tomar qualquer decisão. Ninguém sabe as regras do jogo, nem sabe se vai haver a reforma política e nem o quadro da política para 2018. Tudo agora é precipitado. Vamos continuar focados na administração e daqui a um mês começamos a discutir a sucessão para o próximo ano”, disse.
Por Luiz Sérgio Teles, com informações da Fan FM
