Dando continuidade à campanha salarial, o Sindicato dos Eletricitários do Estado de Sergipe (Sinergia-SE) promove um ato público, que acontecerá, nesta quinta-feira, dia 10, à porta da Empresa Distribuidora de Energia Elétrica de Sergipe (Energisa), em Aracaju. Os eletricitários denunciam que estão sendo vítimas constantes de assaltos que ocorrem nas ruas da capital sergipana no momento em que eles estão desenvolvendo a atividade profissional. Há registro de assalto nas proximidades da empresa, mas os leituristas se transformaram nos maiores alvos dos marginais, conforme revela o presidente do Sinergia, Sérgio Alves.
Cada leiturista visita cerca de 700 domicílios diariamente, atividade que acaba chamando a atenção de bandidos. Além da pressão psicológica, conforme observa o presidente do Sinergia, os trabalhadores são agredidos fisicamente e perdem objetos pessoais e até o material que trabalham, de propriedade da empresa, a exemplo de veículos, aparelhos de telefone celular e outros equipamentos eletrônicos com os quais eles exercem a atividade profissional.
Um dado preocupante, na ótica dos dirigentes sindicais. “Isso está deixando os trabalhadores com problemas psicológicos e a empresa tem prestado uma assistência deficiente”, enalteceu o presidente do sindicato. A violência é praticada contra a categoria com a menor remuneração e que enfrenta outras dificuldades. “A empresa cortou a alimentação, eles fazem lanche na rua, em local indefinido, e ainda perderam o horário do descanso”, diz o presidente.
Campanha salarial
Há 44 dias, a diretoria do Sinergia encaminhou a pauta de reivindicações para negociar o acordo salarial. Neste período, ocorreram quatro rodadas de negociações e ainda não houve entendimento. A contraproposta da empresa foi recusada, por unanimidade, pelos trabalhadores durante assembleia geral realizada na quinta-feira da semana passada, dia 3.
O sindicalista Sérgio Alves informou que o Sinergia defende reajuste salarial de 12%, que inclui a reposição da inflação do período, acrescido de ganho real de 3%, além de abono salarial de R$ 2 mil. Mas a empresa fixou o reajuste salarial em 6,5%, abaixo da perspectiva inflacionária, e congelamento do abono salarial em R$ 1,5 mil, conforme informações do presidente do sindicato.
Enviado pela assessoria