Ele é motivado pela morte da professora que teve tratamento de câncer interrompido
Eduardo: “não vou me calar”
Nesta terça-feira, dia 8, o senador Eduardo Amorim (PSC) voltou a usar a tribuna do Senado Federal para expor ao Brasil o descaso com a saúde pública no estado de Sergipe. Desta vez, classificando o governo Jackson Barreto como “assassino e inepto”, o senador deu ênfase à trágica história da professora Maria José Barreto, que aos 58 anos morreu em Sergipe, na última segunda-feira, dia 7, vítima de um câncer de pulmão, após ter o tratamento interrompido três vezes por falta de medicamento. “Não vou me calar enquanto pessoas morrem”, disse o senador.
Nas palavras do senador Eduardo Amorim, “irresponsabilidade e insensibilidade” também ajudam a definir como o governo Jackson Barreto olha a saúde pública. “Sergipe tem sido notícia na imprensa nacional, reiteradas vezes, por conta do caos que está instalado”, disse, assegurando que as três interrupções no tratamento do câncer da professora Maria José Barreto agravaram a situação da sua saúde, provocando a sua morte.
“Dona Maria José Barreto era um dos milhares de sergipanos que dependem do poder público para o tratamento contra o câncer. Era professora e, no ano passado, se aposentou por invalidez para cuidar do câncer”, lembrou o senador, explicando que foram indicadas 18 sessões de quimioterapia, com começo em fevereiro e termino em julho. Porém, em março, portanto quatro meses antes, o medicamento acabou e a quimioterapia foi interrompida.
Segundo Eduardo Amorim, a situação poderia estar sanada com a construção de um hospital para tratamento de pacientes com câncer em Sergipe. Todavia, o senador lembrou que já foram destinadas sete emendas de bancada (algo em torno de R$ 180 milhões), mas quase R$ 150 milhões foram perdidos, já que o Governo do Estado não apresentou as etapas do projeto.
“O que mais me causar dor e revolta é saber que recursos não faltaram, o que falta, de fato, é vontade política. Nada é capaz de tirar de mim a dor de ver tantas vidas perdidas por conta de uma gestão irresponsável. O que está acontecendo em Sergipe é um verdadeiro genocídio”, definiu.
Do Universo, com informações da assessoria do senador
