Ao lado da esposa, familiares, políticos e amigos, nesta quinta-feira 17, o deputado estadual Zé Franco (PDT) reuniu jornalista no Hotel Real Classic, na Orla de Atalaia, e não apenas ratificou que permanecerá aliado do senador e candidato ao Governo do Estado, Eduardo Amorim (PSC), mas também comentou os últimos acontecimentos envolvendo ele, o prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique (PDT), e as eleições 2014. Bastante tranquilo, Zé Franco, mesmo provocado pelos repórteres sobre uma suposta traição, já que foi o maior cabo eleitoral de Fábio Henrique, evitou o tom crítico.
“Eu não entendo como traição. Quanto ao PDT, eu tenho um relacionamento muito grande com o presidente nacional e estadual. Estou no processo de luta jurídica, e até agora não sou candidato. Estou feliz porque esse é meu povo”, disse referindo-se ao senador Eduardo Amorim (PSC), ao prefeito João Alves Filho (DEM) e demais aliados. “É com esse povo que eu tenho que estar feliz. Meu amor é maior do que o poder. Os dias vão passar e as coisas vão fluir dentro da naturalidade. Doutor João já me disse uma vez para deixar uma janela aberta. Eu vou deixar três janelas abertas”, completou.
Mesmo acossado por jornalistas e radialistas curiosos sobre o futuro da relação Zé Franco x Fábio Henrique, o deputado evitou criticar a postura do aliado (ex-aliado?), que optou pelo projeto do grupo do governador Jackson Barreto (PMDB). Na diplomacia, entretanto, Zé Franco deixou cristalino que estará gastando sola de sapato em Socorro, e que o trabalho não será feito em prol da candidata a deputada federal do prefeito. “Não vou ficar fora deste processo. Eu gosto de andar, de conversar. Não vou ficar fora”, disse, garantindo que tem 99,99% chance de apoiar a candidatura do Padre Inaldo (PC do B) para deputado estadual. “A minha conduta é de paz, amor, de dignidade. Quero dizer a vocês que daqui pra frente vamos ter uma campanha digna, respeitosa, e acima de tudo, vitoriosa.”
O deputado, contudo, só apoiará o Padre Inaldo, caso ele próprio não tenha condições de ser candidato a reeleição. “Eu tenho um processo administrativo no Tribunal de Contas da União. O processo está julgado e eu não fui condenado a nada. Nós recorremos para anular a convenção para eu ter o direito de ser julgado pelo voto popular. Existe possibilidade de apoio a Padre Inaldo de 99,99%. Estamos conversando, tivemos uma reunião com o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, que também faz parte do partido do padre. A gente tem que estar onde a gente é amado. A gente tem que ter a dignidade que as pessoas querem que a gente tenha. Eu não posso confundir respeito e amizade que eu tenho pelo presidente do PDT estadual. A minha vida é pautada na sinceridade . Nunca fui empecilho para nada. Sou da paz. Eu não aguento é desaforo de ninguém”, disse.