Por Joedson Telles
Ecoando certas lideranças políticas, quando o assunto é a eleição para prefeito de Nossa Senhora de Socorro, o internauta deve ter percebido que se fala muito em Maria da Taiçoca. Em Klewerton. É padre Inaldo pra cá, pastor Jony pra lá. Mas e Zé Franco? Também não é filho de Deus? Nada contra nenhum dos nomes ventilados. Aliás, se entrarem mesmo na disputa, bons nomes. Engrandecerão o pleito. Todavia, não vejo Zé apenas assistindo ao jogo como mero torcedor.
É certo que o próprio Zé anda mais sumido que dinheiro em bolso de desempregado. Teria mergulhado como se diz na política para expressar certos momentos? A mídia não estaria dando-lhe a devida atenção?
De uma forma ou de outra, o ofício, contudo, obriga ao jornalista mexer em todas as peças do tabuleiro ainda que à revelia de qualquer uma delas. E fica difícil imaginar uma eleição em Socorro sem a participação direta ou pelo menos indireta de Zé Franco.
Basta conversar com eleitores do município para se atestar expectativas. Cite-se um, dois ou três nomes que podem entrar na disputa e o eleitor se encarrega de indagar de pronto: e Zé Franco? Mesmo sem sequer existir uma suposta pré-candidatura de Zé, a espontaneidade eleitoral emite o tom.
Assim como o deputado federal Laércio Oliveira e o atual prefeito Fábio Henrique, por exemplo, Zé Franco já provou que tem densidade eleitoral em Socorro, e não pode ser esquecido – nem ele mesmo querendo. Muito menos subestimado. A própria eleição de Fábio Henrique, em 2008, contra uma liderança no município, o deputado federal Adelson Barreto, já disse isso com eloquência.
Como dizem que o ano só começa depois da quarta de cinzas, e a própria política se mostra mais dinâmica no período pós-folia, é bem provável que, agora, o ex-prefeito volte a ser visto com a importância que merece para a eleição de Nossa Senhora do Socorro. Zé Franco evaporar como acetona quando o recipiente não é fechado adequadamente? Vão pensando…