Por Joedson Telles
Logistas e empresários sergipanos estiveram presentes à Assembleia Legislativa de Sergipe, nesta terça-feira, dia 29, para dizer não ao Projeto de Lei do Poder Executivo – em tramitação na Casa – que, caso seja aprovado pelos deputados, aumentará a alíquota do ICMS em Sergipe. A ideia foi sensibilizar a bancada do governo a vetar a matéria. De acordo com Gilson Figueiredo, presidente do Sindicato dos Logistas do Estado de Sergipe (Sindilojas), a classe empresarial entende a difícil situação financeira pela qual passam União, Estados e municípios, mas ninguém aguenta mais pagar impostos. Gilson salienta que o aumento da carga tributária é algo extremamente negativo.
“Em dificuldade, as empresas e lojas também estão já há algum tempo. A medida de bom senso seria tentar reunir Estado, empresários e sociedade e tentar achar uma solução. Sei que medida drásticas terão que ser tomadas. Não te saída. Isso foi causado por todos os governos. Não é um problema só do atual governo. Este governo somente pegou a parte pior. Mas a gente sabe que isso não foi criado agora. Simplesmente aumentar impostos está provado que não resolve o problema. Você aumenta as dificuldades, o desemprego e o problema em si não é resolvido”, disse Gilson, tentando sensibilizar os deputados estaduais e o Governo do Estado para a necessidade de uma discussão ampla antes de a matéria ser votada em plenário.
O empresário Gilson Figueiredo alertou para o eminente risco de o aumento do ICMS provocar desemprego e, consequentemente, com as pessoas perdendo o poder aquisitivo haver também uma queda significante no consumo. “E aí a arrecadação tem a tendência de cair. Existem estudos científicos que comprovam isso. O aumento de imposto chega a determinado limite que, ao invés de crescer, desce. Então, é isso que estamos tentando sensibilizar a Assembleia e o Governo do Estado principalmente”, disse.
Segundo Gilson Figueiredo, é preciso o Governo do Estado pensar em medidas, como, por exemplo, cortar despesas. “É tentar copiar um pouco o que a gente faz nas nossas casas. E nas nossas empresas. Quando as vendas caem muito e a receita não permite cobrir as despesas, o que se faz, normalmente? Equações para tentar diminuir as despesas e você tentar equacionar. É mais ou menos isso que a gente espera que o Estado faça, e não apenas aumentar imposto”, disse Gilson.
“Estamos vivendo uma situação muito crítica. Fruto de ações tomadas no passado, e no presente também, e agente tem, agora, que arrumar uma solução. A própria sociedade que permitiu que isso chegasse à situação que chegou é quem paga a conta e vai ter que achar uma solução. Nós elegemos os nossos dirigentes almejando um projeto que não deu certo. Infelizmente, não deu certo. Não tem um culpado. Todos nós somos culpados.”