O presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Vinicius Porto (DEM), se pronunciou na Sessão desta terça-feira, dia 2, sobre o imbróglio entre a vereadora Lucimara Passos (PCdoB) e o vereador Agamenon Sobral (PP). “Enquanto eu estava em Brasília lutando para a população aracajuana ter a TV Câmara ao vivo, no conforto de suas residências, recebi essa notícia que me entristeceu”, disse.
Na transcrição do pronunciamento de Agamenon Sobral da quinta-feira, 20/11, Vinicius leu o que foi dito. “Concordo plenamente com esse padre, ele deveria era dar uma surra nela, dar uma surra nela e dar um banho de sal grosso (e desculpa o termo), vagabunda”, repetiu. O presidente fez o mesmo com o discurso da vereadora Lucimara. “Hoje vim trabalhar com o vestido mais curto, alguém pode me chamar de vagabunda por causa disso? Ou dizer que tenho que ser surrada porque a minha calcinha esta no bolso?”,questionou a vereadora na última quinta-feira, 25/11, mostrando a sua calcinha no Plenário.
Para Vinicius, tanto Lucimara Passos, quanto Agamenon Sobral, se excederam em seus discursos e advertiu os parlamentares de acordo com o Regimento Interno. Ainda de acordo com o presidente da Casa, tentou conversar com os colegas de Parlamento para dizer que houve excesso, mas não obteve sucesso. Durante a conversa, Lucimara disse a Vinicius que quem cuida da imagem dela é ela. “Quem cuida da imagem da Câmara somos todos nós vereadores”, completou Vinicius.
Diante dessa situação, Vinicius afirmou que os dois tiveram comportamento incompatível com o decoro parlamentar e abuso das prerrogativas de vereador. “Não estou aqui, para punir ninguém e sim para coordenar os trabalhos dessa Casa, mas não poderia ficar calado diante dessa situação”, afirmou. Agamenon disse que não concorda porque não está incluído nessa situação e que vai apresentar um recurso.
Os vereadores Manuel Marcos (DEM), Anderson de Tuca (PRTB) e Max Prejuízo (PSB) parabenizaram a atitude do presidente da CMA. “Temos temas mais importantes como o Plano Diretor para se discutir. Temos que esquecer esse assunto”, disse Max. Já Iran Barbosa (PT) lamentou esse desdobramento e que deve-se estabelecer limites na Casa Legislativa.