Por Joedson Telles
Após ler a entrevista que o presidente do PSB de Aracaju, o vereador Elber Batalha Filho, concedeu ao Universo, no último final de semana, explicando os motivos que levaram o PSB a optar por ficar distante do líder do governo Michel Temer, o deputado André Moura (PSC), o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) entrou em contato com o Universo e rechaçou o que definiu como um recado do senador Antônio Carlos Valadares (PSB). “Valadares tem que falar, e não mandar recado. Ele ou Valadares Filho”, disse Venâncio, assegurando que foi feito, sim, um acordo para o PSB apoiar uma candidatura majoritária de André ou do senador Eduardo Amorim (PSDB), em 2018.
“Não quer cumprir o acordo não cumpra, mas que foi feito foi. Foi iniciado em Brasília, numa conversa entre André, Eduardo, Valadares e Valadares Filho e teve o desfecho no apartamento de Edivan Amorim por uma exigência do senador Valadares. O grupo apoiaria Valadares Filho para prefeito e, em 2018, o PSB apoiaria uma candidatura majoritária do agrupamento fosse André ou Eduardo, o senador Valadares não indo para a disputa majoritária. Mas, com a derrota de Valadares Filho, estão com um discurso totalmente diferente”, disse Venâncio, observando que André sempre foi aliado de Temer, mas só agora o PSB vê nisso um problema.
“Eu pergunto: quem colocou Temer no poder? Foi o voto de Valadares, que depois foi um dos articuladores no Senado do impeachment da presidente Dilma. Indicou o presidente da Codevasf do governo Temer, votou em Aécio Neves, indicou quatro secretários do governo Jackson Barreto, e depois ficou com raiva porque o governador não apoiou Valadares Filho para prefeito. Quis o apoio de Edivan Amorim para a campanha de Valadares Filho e não falou em tobogã. Agora fala”, afirma do deputado do PP.
Segundo Venâncio, o senador Valadares está preocupado com o deputado André Moura por inveja. “André é a revelação política desta nova geração. Nos últimos tempos, é o deputado que mais se sobressaiu em Brasília. O que mais tem conseguido recursos para os municípios sergipanos. Isso nos outros estados, os políticos aproveitam o momento em benefício do próprio estado. Aqui causa ciúme. A pessoa que libera recursos é atacada porque colocou o nome à disposição de um projeto majoritário. Se não fosse isso estaria tudo bom”, diz.