Por Joedson Telles
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), parece ter perdido a paciência com certos jornalistas que assumem o papel de vassalos e babam o poder como pais corujas frente aos seus filhos. O parlamentar desabafou ontem no Twitter sua indignação com o que denuncia como a torcida (o serviço?) de alguns jornalistas para que o governo do Estado volte a ter a maior bancada na Alese.
“Queria uma explicação porque alguns jornalistas acham que Jackson (o governador em exercício Jackson Barreto) tem mais facilidades de fazer maioria na Alese do que Déda. Tem alguns profissionais da imprensa que estão na torcida para o governo fazer maioria na Alese, que já estão caindo no desespero”, postou o deputado em seu Twitter.
Em outra postagem, Venâncio Fonseca afirma que, na política, tem governo e oposição, mas na imprensa “tem jornalista que só sabe ser governo, não importa qual. Que tipo de habilidade seria para o governo formar maioria na Alese, com facilidade, alguém sabe?”, indaga. Há alguns meses, o empresário e político Edivan Amorim denunciou, também sem citar nomes, que há jornalista vendido ao governo. Quem usa a carapuça?
Como já disse em outras oportunidades, cabe à sociedade, ao receber uma informação, sobretudo um juízo de valor, de um jornalista sobre um determinado político comparar com outras informações ou juízos emitidos pelo mesmo jornalista em outras oportunidades. Se perceber que ele sempre blinda determinados políticos e critica e cobra de outros, estará flagrante que está mesmo a serviço de algum grupo político, como denunciam Venâncio e Edivan. Mas é sempre imprescindível discernir assessores assumidos dos vassalos. Quem usa a carapuça?