Por Joedson Telles
O prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, ao declarar que está focado em sua gestão e não em uma possível pré-candidatura ao Governo do Estado, vale-se de uma velha tática política para não aguçar, precocemente, opositores; e ser alvo fácil de ataques diversos.
Lá na frente, contudo, se Valmir sentir nas ruas – e as pesquisas apontarem – uma situação parecida com 2022, assumirá a pré-candidatura que não vaza da sua cabeça.
De forma seca, Valmir é, sim, pré-candidato a governador. Só não entrará na disputa se perceber que o cenário não lhe é favorável; ou tiver problemas com a Justiça Eleitoral. Mas Valmir não desistiu do sonho; só adota a cautela. Parece ter amadurecido.
Como é do conhecimento de todos, o prefeito de Itabaiana bateu na trave, em 2022. Aliás, balançou a rede, mas teve o gol anulado por questões que, justas ou não, nunca estiveram em sintonia com o desejo da maioria da população, que “votou em Valmir”, no primeiro turno, mesmo sabendo que ele estava fora do jogo. Uma espécie de rebeldia alimentada pelo sentimento de que Valmir deveria estar na disputa.
Valmir aposta na manutenção deste sentimento no eleitor, mas também trabalha – ou pelo menos deveria estar trabalhando – para que problemas com a Justiça Eleitoral não sejam pedras no caminho.
O desgaste político de, mais uma vez, ser barrado judicialmente poderia gerar consequências muito além do que vimos em 2022. Água mole… Ou seja, Valmir, se for pré-candidato, tem grandes chances de terminar no céu ou no inferno. Não parece haver o chamado meio termo.
P.S. Evidentemente, o êxito de uma possível pré-candidatura de Valmir passa, necessariamente, pela nota que a população dará, em 2026, à gestão Fábio Mitidieri. Mas isso é assunto para outro texto.