Por Joedson Telles
O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, passou a ter mais uma motivação para assumir uma pré-candidatura ao Governo do Estado, como sonham aliados e parte do eleitorado, que demonstram sentimentos, sobretudo, nas redes sociais e em participações em programas de rádio. Refiro-me à decisão do TCE/SE que aprovou suas contas relativas aos anos 2017 e 2018.
A decisão do TCE dilui o discurso dos adversários políticos de Valmir, e, obviamente, o posiciona no time dos injustiçados, já que teve a sua gestão posta em xeque e chegou a ser preso por conta disso, em 2018. Valmir poderia muito bem entrar na campanha com o discurso que “foi vítima de uma armação”. É assim que funciona a política.
Discurso à parte, creio que, no atual cenário, uma pré-candidatura de Valmir de Francisquinho poderia, se bem costurada, preencher a lacuna da oposição.
Partidos que não estão no bloco governista e nem querem fazer aliança com o projeto do PT, hoje, não têm um nome de peso para a disputa. É tanto que não apresentaram ainda. Valmir, repito, se tudo for bem costurado, cairia como uma luva.
Entretanto, cabe a Valmir, se não lhe falta coragem para o voo mais alto do Estado, em sintonia com a possibilidade de federação lá em cima, dar o primeiro passo para a formação deste novo grupo. Abrir o diálogo. O tempo é seu inimigo.
O lugar comum que reza que “ninguém é candidato de si mesmo” ainda está vivo, evidente. Todavia, a frase desgastada não pode ser confundida com a habilidade de se construir um projeto politico pelas mãos do mais interessado no êxito.
Qualquer pesquisa séria mostra que existe espaço para um candidato da oposição, em Sergipe. Pelas consultas que já foram divulgadas, dificilmente o oposicionista largaria na frente; tudo bem. Mas também não largaria do zero. Há uma fatia do eleitorado, digamos, “solta”. É gente que não decidiu votar no futuro candidato governista. Tampouco no PT. Dito de outra forma, só o próprio Valmir pode impedi-lo de sonhar com estes votos.
