Por Joedson Telles
O ex-deputado Venâncio Fonseca foi súbito, ao dar a devida ênfase ao trecho de uma entrevista concedida pelo ex-prefeito Valmir de Francisquinho ao radialista Narcizo Machado, na Fan FM, quando ele deixa na cabeça dos ouvintes mais atentos que apoiou o então candidato ao Governo do Estado, o senador Rogério Carvalho, para assegurar a sua elegibilidade.
Venâncio entrou no ar, no mesmo programa, ainda sob a fumaça dos fatos, e cobrou o que qualquer pessoa de bem gostaria de saber: quem assina a obra?
Se Valmir não falta com a verdade, quem teria tamanha influência no seu entrono, no segundo turno das eleições, para direcionar uma decisão favorável à sua elegibilidade? Eis a inquietação que não é apenas de Venâncio.
É grave. Em sendo verdade, a conclusão óbvia é que a Justiça estaria comprometida com aliados de Valmir em seu favor. E neste caso, qual seria o interesse da Justiça? Será que é isso mesmo que Valmir revela? Se foi, ele pensou nas possíveis consequências?
Sinceramente, a menos que Valmir apresente provas irrefutáveis de uma suposta influência política na decisão judicial, prefiro acreditar que foi mais uma fala política sem a mínima responsabilidade. Mais uma forma de tentar justificar um bolsonarista apoiando abertamente um petista. O eleitor não esqueceu.
O que fica cristalino, cada vez mais, é que Valmir escolheu o caminho errado, em 2022, não só pela derrota do seu então candidato, mas também por outras questões políticas. Parece meio desnorteado. Ainda atônito com tudo isso.
Essa última, se não fosse em solo brasileiro, Valmir, certamente, seria interpelado para detalhar na própria Justiça seus verbos. Teria que apresentar provas. Não tenha dúvida.
