“Quem vai responder é o povo. Ano que vem tem eleição”, lembra o senador
Ao ser entrevistado pelo radialista George Magalhães na Fan FM, nesta segunda-feira, dia 20, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) observou que quem responde as provocações do secretário de Estado da Saúde, José Almeida Lima, não é ele, Valadares, mas, sim, o eleitor nas urnas. Valadares enfatizou que é político há vários anos e sempre está sendo avaliado pela população, a cada nova eleição que participa.
“Fui avaliado pela população da capital e do interior do estado como o governador que fez obras que resolveram problemas no campo e na cidade, tanto que eu fui eleito três vezes senador da República. Eu não vou responder a Almeida Lima. Quem vai responder é o povo. Ano que vem tem eleição. Se eu for candidato o povo responde. Não vou responder a recadeiro de Jackson Barreto”, alfinetou.
Provocado sobre a especulação em torno de uma filiação do aliado e deputado federal André Moura no PMDB do governador Jackson Barreto,Valadares disse ter certeza que isso não vai acontecer. “Em relação ao PMDB, quem pode falar em âmbito estadual é João Gama, e, em nível nacional, Romero Jucá, e também o próprio André poderá falar. Mas eu não vejo como fazer um casamento forçado. Eu não vejo possibilidade de acomodar os dois na mesma legenda. Acho que isso ainda está no terreno das articulações políticas”, disse, assegurando que a possibilidade não vem sendo discutida entre os aliados sergipanos.
O senador ainda opinou sobre a polêmica em torno de se estabelecer uma lista fechada para a eleição dos parlamentares. Valadares disse que está analisando de todas as formas, e antecipou ser simpático ao voto distrital. “É o sistema da Alemanha, sendo que 50% é eleito pelo povo e os outros 50% são eleitos também pelo povo, mas escolhendo através de uma lista feita pelo partido. Existe também a lista fechada flexível , onde o partido apresenta os seus candidatos e o eleitor ou vota no partido ou no candidato da lista”, disse.
Valadares ainda ratificou que está torcendo que haja uma reforma política. “O financiamento privado está proibido. Tem que haver financiamento público para dar igualdade na disputa eleitoral. Pelo menos os candidatos mais pobres terem o direito de fazer sua propaganda política na televisão, no rádio, pagar um carro de som. Podem dizer que está tirando dinheiro do contribuinte, mas tem coisa que tira mais dinheiro do contribuinte do que a Lava Jato? É melhor fazer as coisas de forma transparente, reduzir o número de partidos. O voto da forma como está estimula o surgimento de siglas de aluguel”, disse.
Do Universo