Na avaliação do jornal o Estado de S.Paulo, em Sergipe, o PSB não estará mesmo com PT nas eleições 2014. Uma matéria postada no site do jornal, nesta segunda-feira 9, cujo título é “Pré-campanhas de Dilma é Aécio já vêem polarização e tentam não fustigar Campos” mostra que, “das 14 alianças estaduais entre o PT e o PSB nas eleições de 2010, apenas uma será mantida, no Amapá, onde alguns dirigentes petistas querem enfrentar o senador José Sarney (PMDB/AM), pára manter o apoio a Capibaribe”.
Dito de outra forma, a julgar pelo Estadão, o senador Antônio Carlos Valadares, líder maior do PSB em Sergipe, entregou os cargos pra valer. Ainda ressentido, anunciará a sua pré-candidatura ao Governo do Estado ou fará uma aliança com o pré-candidato Eduardo Amorim (PSC). Com o pré-candidato Jackson Barreto (PMDB) e o PT de Dilma, nada feito. Fica mantido o sentimento que o motivou a abrir mão dos cargos que o partido ocupava no atual governo. Falam em 800.
Matemática à parte, o certo é que o senador Valadares – e, por tabela, o deputado federal Valadares Filho e demais membros do PSB – parecem cada vez mais atrelados ao volante dirigido pelo prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), que, por sua vez, com essa açodada disputa DEM x PT pelo Senado, se distancia cada vez mais de JB, que já antecipou não abrir mão do PT.
Voltando a Valadares, reeleger Valadares Filho e ser o pré-candidato de João ao governo, tendo senadora Maria do Carmo (DEM) como pré-candidata ao Senado e o PSDB indicando um nome para vice, é o plano “A”. O “B” será acompanhar João Alves, caso este oficialize aliança com o senador Eduardo Amorim, e, lá, aglutinar mais forças para a pré-candidatura a reeleição de Valadares Filho. Neste caso, outro nome do PSB seria trabalhado para compor a chapa majoritária. O ex-vereador Elber Batalha Filho surge com forças, neste segundo caso.
Com fama de vingativo, o senador Antônio Carlos Valadares não teria digerido ainda o fato de o amigo pessoal e aliado político, o ex-deputado estadual Belivaldo Chagas, ter sido, miseravelmente, rifado na chapa majoritária que reelegeu o saudoso Marcelo Déda, em 2010, quando ironicamente, o então deputado federal Eduardo Amorim desembarcou no grupo para ter mais votos que o governador. Valadares guardou e não esqueceu. Esperou o momento certo, que veio pelas mãos do petista João Daniel e a exoneração de Luciano Pimentel (PSB) da Caixa Econômica Federal. Valadares silencia como que usa doses homeopáticas a propósito. Demonstra que nada parece soar melhor que o tempo para conduzir o prato da vingança à mesa.