Por Joedson Telles
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) pontuou, na noite desta segunda-feira 31, que sempre defendeu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) como um instrumento legítimo de investigação do Poder Legislativo numa democracia. Segundo ele, desta forma, a ideia de se criar a CPI da Petrobras jamais seria barrada por falta de sua assinatura. “Assinei-a e afirmo que não recebi pressões para fazer o contrário. Fiz porque considerei do meu dever apoiá-la, haja vista o posicionamento público do líder no Senado, Rodrigo Rollemberg, que disse, falando em nome de todos nós, que a nossa bancada marcharia unida quanto ao requerimento da CPI, bem como pela orientação política do PSB Nacional”, explicou.
Valadares também assegurou não ter recebido doações de empresas fornecedoras da Petrobras. Ele lembrou que isso pode ser confirmado na sua prestação de contas da campanha para o Senado, em 2010. “Mas, se por acaso tivessem ocorrido, tais doações seriam perfeitamente legais uma vez que a legislação eleitoral permite que elas possam ser feitas. José Eduardo Dutra foi indicado para meu suplente pela aliança que reelegeu o saudoso governador Marcelo Déda para o governo de Sergipe, por sua reconhecida influência política e o grande prestígio que detinha junto aos partidos que me apoiavam naquele pleito”, disse.
Segundo o senador do PSB, houve um acordo político, que foi aprovado em convenção, no ano de 2010, quando o ex-senador Zé Eduardo já havia deixado a presidência da Petrobras, desde o ano de 2005. “E foi uma decisão celebrada à luz do dia, sem quaisquer vínculos com empresas ou interesses financeiros para a sustentação de minha campanha. Fiz uma campanha franciscana, com poucos recursos financeiros, levando-se em conta a árdua disputa eleitoral que iria enfrentar, como testemunharam todos os sergipanos. Venci com o voto do povo e conquistei pela terceira vez o mandato de senador”, finalizou.