Por Luiz Sérgio Teles
Pré-candidato a governador do Estado, o deputado federal Valadares Filho (PSB) relacionou, através do seu Twitter, nesta quinta-feira, dia 10, a exoneração do ex-secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima, não a uma decisão administrativa tomada somente pelo governador Belivaldo Chagas (PSD), mas, sim, a uma autorização que partiu do ex-governador Jackson Barreto (MDB). Valadares Filho também sugere uma auditoria sobre a gestão Almeida Lima.
Valadares Filho enxerga a necessidade de se investigar as suspeitas colocadas pelo próprio governador Belivaldo Chagas em relação aos pagamentos efetuados pela Saúde aos fornecedores por ofício e os gastos na reforma e aluguel do Centro Administrativo de Saúde Senador Gilvan Rocha.
“Se não fizer isso dando uma resposta imediata à sociedade sobre as investigações, demonstrará a mesma omissão que teve como vice-governador e chefe da Casa Civil, se comportando como um verdadeiro “governador adjunto”, disse.
Na manhã de hoje, Belivaldo Chagas concedeu entrevista, na Mix FM, e afirmou que, apesar de já ter solicitado, não obteve informações sobre os gastos com o Centro Administrativo. Também disse que a empresa que realizou o serviço da reforma do prédio não recebeu. Em relação aos pagamentos realizados através de ofício, o governador disse era uma prática de Almeida Lima, sem que informasse os pagamentos do dia-a-dia.
“A gente buscava o valor das aplicações em relação aos repasses financeiros da Secretaria de Saúde, mas não conseguia visualizar porque ele simplesmente fazia por ofício. Num determinado momento a assessora da Secretaria da Fazenda disse que constava um saldo de R$100 milhões na Secretaria de Saúde, mas na verdade se fosse buscar no financeiro não tinha porque ele pagava por ofício e não constava no sistema contábil. Pagar por ofício é possível, mas é uma exceção. Pra ele era regra. Não estou dizendo com isso que houve desvio de dinheiro”, frisou.