O deputado federal Valadares Filho (PSB) se reuniu mais uma vez com os moradores e líderes comunitários da Zona de Expansão de Aracaju. A reunião aconteceu na Associação de Moradores do Conjunto Beira Mar I e foi discutida a paralisação das obras dos canais dos conjuntos Beira Mar e Costa do Sol, do Loteamento da Aruana e o crescimento desordenado da região.
Segundo relato dos moradores as obras, iniciadas em 2010, foram interrompidas desde o início da atual gestão. “O que havia sendo feito há quatro anos foi paralisado na gestão de João Alves. Nosso sentimento é de frustração, porque pagamos o IPTU, que não é barato, e não temos nenhum retorno por parte da prefeitura. Até o orçamento de 2015, que já foi aprovado na Câmara de Vereadores, não contém nenhum projeto que contemple a Zona de Expansão, estamos abandonados”, desabafa o morador Eliseu Mamm.
A diretora do Conselho das Associações de Moradores dos Bairros Aeroporto e Zona de Expansão de Aracaju (Comcaze), Karina Drummond, teme que as fortes chuvas voltem a atingir o local. “Queremos o retorno imediato das obras, estamos angustiados. Nosso receio é que voltem as fortes chuvas e tenham alagamentos como os que aconteceram nos anos anteriores que deixaram moradores ilhados e, muitos deles, perderam seus móveis e alguns ficaram até desabrigados”.
Solidário aos problemas da comunidade, o deputado questiona a falta de compromisso da prefeitura com os moradores da Zona de Expansão. “São mais de dois anos sem nenhuma obra. O que estava sendo feito foi paralisado sem dar explicação para a comunidade. Uma falta de comprometimento total da prefeitura de Aracaju com essa região que o prefeito dizia na campanha eleitoral que ia transformar no bairro modelo. A realidade é que a Zona de Expansão se transformou no bairro modelo do abandono”.
Na oportunidade, Valadares Filho se comprometeu com os moradores em cobrar a responsabilidade às entidades fiscalizadoras. “Através dos relatos que ouvi nessa reunião irei fazer um pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados e vou cobrar tanto do Ministério da Cidades, quanto dos órgãos fiscalizadores informações sobre a paralisação dessas obras”, finaliza.