Por Joedson Telles
Matuto não sem incomodar meus botões: e se o ex-deputado federal André Moura, elegível, encarasse uma pré-candidatura a prefeito de Aracaju? Tamanho não lhe falta.
Não sei como está aquela história do domicílio eleitoral, mas se nada impedir André de topar o desafio, creio que seria um projeto que já nasceria robusto. Além disso, muitas peças seriam encaixadas naturalmente no bloco governistas.
Se tomasse gosto pela coisa, André teria que, primeiro, obviamente, persuadir o prefeito Edvaldo Nogueira para ser ele, André, o nome do bloco. Não vejo benefícios para ninguém numa ruptura. Política se faz com somação de forças.
Para convencer Edvaldo, André teria pelo menos dois trunfos: primeiro não ser concorrente dele, caso se confirme as especulações e o prefeito de Aracaju anuncie uma pré-candidatura ao Senado, em 2026. Hoje, André também seria pré-candidato.
Em segundo lugar, André teria que empenhar a palavra que abraçaria o projeto de Edvaldo, trazendo na carona sua base eleitoral. A mesma que elegeu Yandra Moura a deputada federal mais bem votada de Sergipe, em 2022, com 131.471 votos. Ou seja, André ofereceria um bônus eleitoral a Edvaldo que dificilmente outro nome poderia oferecer.
A costura passaria também, evidentemente, pelo líder do agrupamento, o governador Fábio Mitidieri, que, acredito, vislumbraria as chances reais de se colocar como pré-candidato à reeleição, em 2026, num palanque mais forte que o de 2022.
Sabemos que a teoria nem sempre espelha a prática. Não conversei com nenhum dos personagens citados para oferecer esta análise ao internauta. Aliás, já tem gente decidindo por Edvaldo na imprensa e nas redes sociais. Opto pela cautela. Pelo zelo. Como disse na abertura do texto, apenas matuto com os botões.