Por Joedson Telles
O político Belivaldo Chagas dará um passo equivocado, caso essa ideia ventilada em setores da imprensa, que ele pode ser pré-candidato a vice-prefeito de Aracaju da pré-candidata Yandra Moura, seja concretizada.
Penso que, na melhor das hipóteses, caso a deputada Yandra seja candidata – o que só Deus sabe – e seja eleita, Belivaldo seria o vice-prefeito de uma prefeitura que, segundo alguns, entre eles o senador Alessandro Vieira, seria comandada, na verdade, pelo ex-deputado federal André Moura.
Cato com uma lupa o que ganharia um ex-governador que fez uma boa gestão – “resolveu”, como ele popularizou – ser vice-prefeito em tais circunstâncias. Belivaldo, que, recentemente, liderou o bloco governista, seria liderado por André Moura que sequer está no exercício de um mandato. Ou seria um vice rebelde, agindo à revelia mesmo sem forças?
A propósito, André não está errado. Está certíssimo. Habilidoso, vai costurando acordos e crescendo politicamente. Política é para profissional. Não há revólver na cabeça.
Belivaldo, entretanto, não precisa disso. Aliás, não precisa sequer do vencimento ao qual teria direito, caso a ideia fosse exitosa. É bola fora; até porque daria sentido ao discurso que os políticos não sabem viver sem ocupar cargos públicos.
Não é o perfil do Galeguinho. Belivaldo tem tamanho para ser o cabeça da suposta chapa. Inclusive, tão logo concluiu seu governo, em dezembro de 2022, ele passou a ser citado como um bom pré-candidato a prefeito da capital, unificando o bloco. Precisa refletir sobre isso. Não é questão de vaidade, mas de lógica. Bom senso. A política tem lá sua hierarquia.