Por Joedson Telles
Viciado em política, o ex-deputado federal João Fontes, conhecido pela prática de fazer análises sobre o tema nas redes sociais, colocou em xeque a materialização da ideia lançada pelo deputado estadual Gilmar Carvalho em garantir uma tarifa zero no transporte coletivo de Aracaju. Isso, evidentemente, caso ele consiga chegar à Prefeitura.
“A implantação do sistema de transporte gratuito em Aju (Tarifa Zero) precisa de 300 milhões/ano. Quem vai fabricar esses recursos? O município de Aju vai aumentar impostos para subsidiar em benefício? Gilmar Carvalho com a palavra?”, escreveu João Fontes nas redes.
Gilmar gostou da deixa, mas, demonstrando não ter gostado nadinha dos verbos, soltou essa: “imbecis falam em subsídios e impostos, mas não. O problema é que, em Aracaju, não se estudou o conceito de administração moderna”.
Tarifa zero à parte, Gilmar sequer tem a certeza que será candidato. Como todos sabem, o deputado ainda tenta, na Justiça, se desfiliar do PSC com a garantia de não perder o mandato para, em seguida, trabalhar uma possível pré-candidatura a prefeito de Aracaju por outra legenda. Portanto, o relógio anda em desfavor.
A propósito, sinalizando não estar muito otimista quanto ao êxito do seu plano “A”, Gilmar deu uma dica do que pode ser seu plano “B”: botar pilha na vereadora Emília Corrêa para ser sua pré-candidata.
Visivelmente revoltado com o senador Alessandro Vieira, depois que criticou a polêmica pesquisa encomendada pelo Cidadania, e o senador rebateu falando em “falta de vergonha na cara”, Gilmar parece concordar que não há clima para subir no mesmo palanque que Alessandro – ainda que o senador se desculpe publicamente, como sugeriu o próprio Gilmar. Aliás, vale uma Heineken canela de pedreiro que Alessandro jamais daria este gostinho. Soaria demagogia, inclusive.
Por outro lado, vê Emília em outro palanque como pré-candidata adversária de Alessandro e Danielle Garcia – com o discurso de traída e pronta para desgastar – parece que ajudaria a lavar a alma de Gilmar, que se sente vítima da tal pesquisa que difamou como falsa.
Creio, todavia, que, na verdade, Gilmar precisa mesmo é de um plano “C” na manga. Já pensou se ele for obrigado a permanecer no PSC e Emília não topar ser candidata a prefeita? A menos que não participe da eleição, que busque o isolamento em casa, Gilmar terá que abraçar alguma pré-candidatura.
Mas qual? Assim como a de Danielle Garcia, a de Edvaldo nem pensar. Seria incoerência demais até para políticos. Qual seria o nome a receber apoio de Gilmar, então? Paulo Márcio? Valadares Filho? Márcio Macedo? Henri Clay? Outro pré-candidato? Eis a equação. Sugiro ao internauta usar o método da eliminação antes de responder em qual palanque caberia Gilmar. Não vá dar uma de imbecil…