Por Joedson Telles
Sergipe é um estado cujos políticos costumam criar marcas. Seja João Alves e as obras, Marcelo Déda e a oratória ou Albano Franco e a inesquecível frase “todos se conhecem”, a identidade junto ao eleitor soa marca registrada. Ana Lúcia e os professores, Adelson Barreto e os pobres, João Daniel e os Sem Terra…
Quer mais? O que dizer da ironia com que Jackson Barreto tira adversários do sério? Da astúcia do senador Valadares para encarar o jogo político? O deputado André Moura adquiriu a marca de ser próximo ao presidente Michel Temer, que, mesmo sem ser de Sergipe, não foge à regra: tem fama de “golpista”.
Quer mais? Há quem critique o jeito como Rogério Carvalho parte para cima. Mendonça Prado é sério e não tem papas na língua. Galeguinho é gente boa. Reinaldo Moura diz o que pensa. Dr Émerson é decente. Laércio emprega muita gente. Almeida é bom gestor. Amorim tem cara de padre. Vanderbal Marinho é calado…
Há político com fama de traidor e antiético, por querer passar ao eleitor que é melhor que os demais mesmo sem ser. Dissimulado. E, evidente, tem gente com fama de enganador, traidor e até de ladrão.
Quer mais? Agora use a imaginação. Já rodeamos demais, citando vários exemplos. Lembramos até textos chatos, cujo autor não sabe ir direto ao ponto e cansa o internauta com suas asneiras marca…
Indo, então, ao ponto, o que motivou este texto foi mais uma polêmica que chega à população via mídia, neste momento, envolvendo o ex-prefeito Manuel Sukita, cuja marca vai sendo confirmada no sentido de não se unir com ninguém. Oh rapazinho que gosta de confusão… A bola da vez é a tal assinatura ainda dos tempos de PSB.
Sukita é um problemático por natureza, um criador de casos nato, chato pra cacete ou, como ele mesmo costuma dizer, chorando nos rádios, uma vítima? Um injustiçado? Todo o mundo está errado e só ele certo? Todos se combinaram para persegui-lo, inclusive o Judiciário que já o jogou na cadeia, numa trama diabólica?
Sukita é novo na idade, mas parece ter a mentalidade de um político ultrapassado. Brigou com os Valadares, os Amorim, André Moura, Zezinho Sobral, Ezequiel Leite… Provocou Jackson Barreto, criou problemas com deputados estaduais (naquela história de Carnalita) e até com jornalistas que colocaram em xeque sua honestidade enquanto homem público.
A cada nova polêmica, Sukita vai ratificando a marca de problemático, pra citar apenas uma. Vai justificando a distância que a faixa do eleitorado mais esclarecido demonstra querer ter dele, sobretudo levando em conta as opiniões postadas em redes sociais.
Sukita talvez não se dê conta, mas, caso continue assim, uma hora não restará mais nenhum político com densidade eleitoral para compor uma aliança. E o eleitor pode até ser lento, mas acaba derrubando a ficha também.