Por Joedson Telles
A propósito de um texto postado neste espaço, sobre a liminar que impediria o São Pedro de Capela (a Justiça já mudou de ideia e “vai rolar a festa”), sou “alertado” que Sukita não teria mais qualquer influência na atual gestão. Beleza. Agradeço a atenção. Entretanto, não retiro uma vírgula. Boatos e o que soa dissimulação são também do conhecimento do que escreve estas linhas. Prefiro o que as entrelinhas não conseguem ofuscar à publicidade pronta.
Acreditar no desenho apresentado por Sukita é subestimar a si mesmo – e, evidente, mais ainda a capacidade de o ex-prefeito pré-candidato mentir e buscar sempre a parede no papel de vítima. O tempo pode até dizer o contrário, mas que hoje cheira a uma trama maquiavélica não há dúvida.
Não sei o que passa pela cabeça de Sukita, mas não é difícil perceber que ventilar uma suposta ruptura política com a prefeita Silvany poderia cair como luva no seu projeto para 2018.
Pra começar, alimentaria a cultura do “coitadinho” que sempre é traído pelos aliados políticos – sobretudo pelos que ele ajuda a eleger. Sukita adora este teatro.
Pesa também o fato de um Sukita na oposição ser um Sukita livre para fazer alianças distintas das feitas pela prefeita. Portanto, um Sukita sem prejudicar seus interesses políticos. Tampouco os da prefeita.
Compute-se ainda que, pré-candidato “na oposição”, ele teria o discurso pronto para o ano da eleição, quando quem tem a máquina tem dificuldade para dizer não a eleitores viciados.
Sem falar que Sukita entraria na disputa eleitoral sem o peso do que o ex-prefeito Ezequiel Leite define como caos administrativo em Capela.
“Na oposição”, percebam, Sukita inverte o jogo: invés de receber os tiros saca a arma e dispara. Balas de festim, evidente.
“Não chego junto porque foi chutado”. Eis o resumo a perpassar eleitores ingênuos.
Se não fosse algo engendrado numa mente conhecida soaria delírio. Mirabolante além da conta. Digno de enredo de filme de drama. Mas estamos falando do senhor Manoel Messias Sukita. Quem o conhece não duvida de nada.