Por Joedson Telles
É incrível como por mais conhecimento espiritual e exemplos e mais exemplos de que nenhum defunto conseguiu levar no caixão coisa alguma, exceto flores e a roupa do couro que alguém lhe prestou o último favor de vestir, o ser humano tende a se apegar a bens materiais. Uns mais outros menos. Mas todos tem lá seu amor ao “patrimônio”.
Deus mostra na Bíblia, através de Jó, que devemos ter um comportamento totalmente contrário. Devemos nos prender à missão dada por Ele aqui terra. E por mais que se seja abastado, nunca colocar bens materiais em primeiro lugar. E um detalhe que pode ser fundamental, a depender dos planos de Deus na vida da pessoa: estar preparado para perder tudo ainda em vida e não abandonar a fé.
Homem mais rico de sua época, ou pelo menos um dos mais ricos de quem se teve notícia, Jó não sabia que Deus tinha permitido a satanás destruir todo o seu patrimônio e o jogar na miséria total – ainda mais doente. Achava que o próprio Deus estava agindo contra ele e, no momento difícil, demonstrou mais fé que apego ao patrimônio. “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.”
Isto chama-se fé, amigos. Não à toa a Bíblia se refere a Jó como um homem temente a Deus, íntegro, reto e que se desviava do mal. E Deus endossou as palavras. Não é muito difícil abrir a boca e dizer que tem fé em Deus, que O adora, quando tudo vai bem. Sobretudo quando se leva uma vida incoerente com a palavra de Deus. Sem sacrifícios. Aí é fácil. Mas na dor, só os da fé. Os tementes a Deus.
Assim como Jó, há incontáveis exemplos de pessoas que perderam o que acreditavam ser donos. Dinheiro, um ente querido, um emprego, um amor, um imóvel, um veículo, a saúde, uma parte do corpo, o talento, a liberdade… Qualquer coisa que seja afastada da pessoa e lhe traga tristeza, problemas, revolta, frustrações ou sentimentos parecidos a coloca na condição de Jó. Mas há reações diferentes…
… Há ainda a perda final em se tratando deste mundo: a morte. Aí não tem argumento mundano. Por mais materialista que seja, a pessoa é obrigada a deixar o exemplo para as demais que não adianta tanto apego. Não temos nada. Usamos aquilo que temos a oportunidade de ter domínio até o dia que Deus quiser. Na verdade, não passamos de mordomos dos bens do verdadeiro posseiro: Deus. Este, sim, tem poder sobre tudo eternamente. Inclusive a vida das pessoas.
Deus no comando.