Por Joedson Telles
“Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína…” – Sofonias 1:15 (NVI).
Sofonias 1:15 é do mesmo modo incontestável, realista, vivo se posto no plural e quando tenciona que o sofrimento alcança todos; inclusive os que estão em Cristo Jesus.
Ninguém escapa; até porque o sofrimento é necessário para fortalecer a fé. Se tudo vai bem, como saber se a adoração é verdadeira? Não foi isso que o satanás insinuou sobre a retidão de Jó (Jó 1: 9-11) e foi, mais uma vez, desmoralizado?
Fujam, queridos internautas, com açodamento perspicaz da teologia enganosa que ensina que a pessoa aceita Jesus e, “como uma mágica”, imperiosamente, Ele riscará da vida do novo convertido problemas, dores, perdas e outros sofrimentos. O cristão verdadeiro nunca barganha com Jesus, mas o serve por amor. É grato pela graça da salvação.
Num mundo caído, onde o pecado está presente, os dias maus fazem parte da natureza humana. Ou pelo menos acossam todos sem exceção. Precisamos encontrar forças em Deus, enquanto aguardamos a segunda vinda de Jesus.
“Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos” (1 Pedro 5: 8,9).
Jesus, no seu ministério terreno, e as Escrituras comprovam, não prometeu uma vida distante dos problemas. Sem pedras pelo caminho. Não neste mundo.
Se estiver no plano soberano de Deus, lógico que a tempestade passará; ou sequer chegará. Mas isso jamais pode ser ensinado como regra – tipo: “se você tiver fé, Deus resolve seu problema”, como há líderes espirituais pregando.
Ao invés de bens materiais (que não são pecados quando lícitos), Jesus promete perdão – mediante arrependimento dos pecados -, paz, salvação, amor… Reconciliação com Deus.
O Espírito Santo está muito mais preocupado em curar a alma do que o corpo físico. Impedir que a pessoa tenha como destino eterno o inferno. Assegurar o céu glorificando a Deus.
“Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16:26).
Repito: se estiver no plano soberano de Deus, haverá prosperidade, cura e outras bênçãos materiais, mas não há uma lei divina garantindo isso. É fake a teologia da prosperidade.
Repousa, a propósito, um grande mistério sobre o que assegura uma bênção material. A chamada graça comum vem de Deus e alcança aqueles que Ele quer, de acordo com o conselho de Sua vontade. Isso explica os casos nos quais o ímpio prospera, mas o cristão não. E, evidente, prosperidade na terra não é sinônimo de salvação. Tampouco miséria e sofrimento são. Salvação só em Cristo Jesus.