Por Joedson Telles
Neste domingo, dia 1º de fevereiro, os 24 deputados estaduais de Sergipe não apenas serão empossados como também elegerão a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para o biênio 2015-2016. Entre os deputados de primeiro mandato está Robson Viana do PMDB, que renunciou ao mandato de vereador por Aracaju para assumir o mandato de deputado estadual. Na sexta-feira, dia 30, após participar da última sessão da Câmara Municipal, Robson Viana conversou com o Universo sobre essa nova fase na sua vida e sobre outros assuntos do mundo político. A entrevista:
Como o deputado estadual Robson Viana deixa a Câmara de Aracaju?
É um sentimento de saudade. São oito anos de convivência com os amigos vereadores, com a Casa e funcionários e fica esse gostinho, mas estamos próximos aqui um do outro. Quero mais uma vez agradecer ao povo de Aracaju pela simpatia, pela confiança em nos dar oito anos nesta Casa. Foram três mandatos, e, agora, a gente se despede. A partir do dia 1º (hoje) tomo posse como deputado estadual. É agradecer ao povo de Sergipe por ter nos dado essa eleição na Assembleia. Agora, não só lutar pelo povo de Aracaju, mas também para o povo de Sergipe.
Robson Viana permanece na Assembleia Legislativa ou vai para alguma secretaria ajudar o governador Jackson Barreto a administrar Sergipe?
Nesse momento, a gente permanece na Assembleia, cumprindo o nosso mandato, mas claro que à disposição do governador. A gente está no grupo do governador com lealdade e responsabilidade – até porque nós trabalhamos para que esse projeto fosse vitorioso. Qualquer coisa, estarei aqui como um soldado do governador Jackson Barreto, para assumir qualquer responsabilidade do Governo do Estado.
A Mesa Diretora da Assembleia já está definida mesmo com a chapa de Luciano Bispo sendo única ou podemos ter uma surpresa com uma candidatura do deputado Gustinho Ribeiro?
Em política tudo pode acontecer. Mas, do jeito que foi encabeçada essa chapa por Luciano Bispo, eu acho que não vai ter nenhuma dificuldade de ser chapa única. Não desmerecendo o nome de Gustinho, que se colocou à disposição, mas com tudo que foi conversado com os deputados, com os partidos dialogando com uma Mesa eclética com partido de oposição, pessoas que têm experiência como Venâncio Fonseca, eu tenho certeza que vamos ter uma chapa de consenso. Gustinho não participa da chapa, mas o seu partido, o PSD, tem dois integrantes na chapa, e ele estará junto com a gente nessa chapa, votando – até porque ele faz parte desse projeto.
Dos deputados que se elegeram na oposição quais se manifestaram para se somar ao projeto de Jackson Barreto?
Têm alguns. Eu tenho certeza que além de Goretti Reis e Augusto Bezerra, Venâncio Fonseca está na nossa chapa e outros que virão também até domingo porque a oposição vai ter outra reunião, e eu não tenho dúvida que outros virão somar nessa chapa para votar. Eu acho que é importante que todos tenham união. É preciso que nessa Casa, agora vivendo um momento muito difícil, a gente tente minimizar a situação. E se unir para que essa Casa venha mostrar a população que os 24 deputados estaduais estão aqui à serviço da população sergipana.
O compromisso do governador Jackson Barreto, no momento de abrir espaços no seu governo, é com o ex-deputado Rogério Carvalho ou com o PT?
Rogério Carvalho é o presidente estadual do PT. Foi decidido dentro do PT que as conversas que o governador teria que ser com o presidente do partido. Isso foi uma decisão do PT. Todas as tratativas que Jackson teve foi com o presidente do PT. Jackson conversou e todos os espaços que foram preenchidos no Governo do Estado foram através da conversa com Rogério Carvalho. Claro que Jackson conversou com (os deputados) Francisco Gualberto, Ana Lúcia, mas a decisão do PT foi que Jackson conversasse com o presidente estadual do PT. Tudo foi combinado com o PT, e estão aí os espaços do PT que é normal. Em qualquer reforma política, todos querem seus espaços, uns mais outros menos, mas eu acho que as coisas estão andando bem. Jackson com muita tranquilidade conseguiu resolver esse problema.
A ex-primeira dama Eliane Aquino, que acabou não aceitando fazer parte do governo, seria da cota pessoal de Jackson Barreto ou do PT?
Eliane era a cota de Jackson, tanto assim que ele convidou-a para a Secretaria de Inclusão Social, mas, devido a algumas situações particulares, ela acabou desistindo de assumir a secretaria.
E essa especulação: ela não aceitou a pasta porque Rogério Carvalho nomearia algumas pessoas?
Isso ela já sabia, até porque essas diretorias não faziam parte da inclusão social. Foi com essa reforma que ela fez a fusão com a Secretaria da Mulher, com a dos Direitos Humanos e a de Juventude. A Inclusão Social ainda continua do mesmo jeito do tempo que ela foi secretária. Eu acho que foram outras questões, não foi essa questão de Rogério, até porque ela sabia dessa posição do governador Jackson Barreto que essas três diretorias seriam indicadas pelo PT. Eu tenho certeza que Eliane vai continuar, inclusive vai ter uma assessoria no Governo do Estado para ajudar o governador Jackson Barreto como fez na campanha e mais tranquilidade para tomar conta dos filhos.
As questões com o PSB do senador Antônio Carlos Valadares foram superadas?
Eu acho que a gente tem que olhar para frente. O PSB está no grupo, Belivaldo Chagas é uma pessoa importantíssima nesse projeto. Eu gosto muito dele. Tem ajudado muito o governador Jackson Barreto nesse processo tanto da reforma quanto da eleição da Casa (Assembleia). Beliva fez um meio de campo muito bem feito, é o nosso vice-governador e secretário da Casa Civil. Belivaldo tem essa linha, esse cuidado, é uma pessoa que está fazendo esse trabalho que ajuda muito o governador Jackson Barreto.
É hora de pensar em Sergipe e descer do palanque, é isso?
É isso mesmo. Já acabou eleição, vamos pensar no futuro. Eu acho que a gente passou 2014 e vamos superar 2015. E para superar tem que haver a somação de todos os partidos que estão integrados nesse agrupamento político.
E o Rasgadinho?
Esta aí no forno. Esta semana, estaremos saindo com a programação. A programação com os artistas sergipanos já está pronta. A nossa questão é a data dos artistas nacionais que vão tocar em outros estados e a gente tem essa dificuldade. Na próxima segunda-feira ou terça-feira, no mais tardar, a gente sai com a programação para que o povo de Aracaju e os turistas que estão aqui venham buscar o carnaval da segurança que é o Rasgadinho.
A responsabilidade aumenta, já que acabou o Pré-Caju (a Prefeitura de Aracaju também não fará carnaval)?
A gente está com essa preocupação. Fizemos uma reunião com a Polícia Militar, porque como não vai ter carnaval em Socorro, não teve Pré-Caju, talvez não vai ter em Neópolis, São Cristóvão, a demanda vai ser maior. A gente está focando muito na segurança porque tem muita criança, muita família no Rasgadinho. Por isso que a gente está demorando um pouquinho com a programação pra que a gente possa sentar com a Polícia Militar e fazer uma estratégia diferente dos outros carnavais que fizemos em Aracaju.