Nesta quarta-feira, dia 23, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) divulgou uma nota repudiando veemente a exoneração, por parte da Superintendência da Polícia Civil, hoje, dos policiais civis que coordenavam os trabalhos operacionais na Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), unidade especializada conhecida pela atuação em ocorrências de alta complexidade.
Segundo o Sinpol, os policiais civis Ricardo Porto e Elisan Resende, que ocupavam respectivamente as funções de diretor e diretor adjunto da unidade especializada, foram afastados dos cargos por conta do apoio à luta dos policiais civis pela aprovação do Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC) em Sergipe. A nota explica que, neste cenário momentâneo, os dois policiais manifestaram desinteresse em participar como instrutores voluntários do Curso de Formação de Delegados que está prestes a ser iniciado.
“O afastamento dos dois policiais civis foi uma atitude que nos pareceu desproporcional e equivocada neste cenário de cisão interna que acomete a Polícia Civil. O Core, antigo Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb), é uma unidade especializada que nunca foi coordenada por um delegado. Sempre foram policiais civis que integram a base da instituição, altamente preparados no campo físico e psicológico, que estiveram à frente de um efetivo diferenciado que agora atuará sem liderança reconhecida internamente”, lê-se na nota.
O Sinpol/SE assegura ainda que a retaliação chegou sem diálogo, de forma precipitada e oportunista. “O resultado prático no campo dos registros da violência deverá ser sentido pela população em poucos dias. Além disso, as operações por parte da Polícia Civil não serão mais as mesmas enquanto o Core estiver inoperante de fato. O enfrentamento ao crime organizado em Sergipe perde um forte aliado, ainda que novas pseudolideranças estejam à frente da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil”, finaliza.