O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE), entidade de classe que representa os Jornalistas e o Jornalismo em Sergipe, emitiu uma nota de repudio motivado por novas demissões de jornalistas na TV Sergipe, afiliada da Rede Globo.
Foram demitidos os jornalistas João Áquila, repórter do Globo Esporte.com; Tássio Andrade, repórter do G1 Sergipe, e a experiente Cláudia Brito, produtora jornalística da TV Sergipe. Ela tinha mais de 20 anos de casa. No final do ano passado, a empresa já havia demitido três jornalistas: Carlos França, Marina Fontenele e Renato D’Avila, que é deficiente visual.
A direção da emissora atribui o enxugamento do Departamento de Jornalismo à “crise financeira”, bem como atende a orientação da nova diretora-presidente da Rádio e TV Sergipe, Carolina Franco. O SINDIJOR tomou conhecimento que a orientação da nova presidente é demitir profissionais que tenham mais de cinco anos de casa e que ganhem acima de dois pisos salariais.
Sendo verdade, a medida adotada pela nova direção é um verdadeiro tiro no pé, pois compromete a credibilidade do Jornalismo. O Jornalismo moderno se faz mesclando a experiência com a juventude e, acima de tudo, com valorização profissional.
Determinar a demissão de jornalistas só porque ganham acima de dois pisos é, no mínimo, um desrespeito aos anos de experiência e a dedicação à empresa. É menosprezar os trabalhadores que dedicam sua vida a esta empresa de comunicação.
O SINDIJOR lamenta o comportamento da senhora Carolina Franco, que vem adotando uma postura desrespeitosa para com os jornalistas que lá trabalham. Não bastasse a falsa economia com o desligamento dos aparelhos de ar-condicionado em algumas horas do dia, a política adotada pela nova direção tem deixado os profissionais apreensíveis, o que pode comprometer ainda mais a qualidade do telejornalismo da emissora.
Mediante as últimas medidas tomadas pela empresa, a Diretoria do SINDIJOR se reunirá nos próximos dias para analisar a adoção de medidas mais duras contra a TV Sergipe. Não vamos aceitar que a falta de respeito e consideração imperem na redação e nos demais setores jornalísticos.
Também analisaremos a possibilidade de enviar à Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) um relatório com os arbítrios promovidos por esta empresa jornalística, a fim de que o mesmo seja encaminhado à Rede Globo e ao Congresso Nacional, responsável pelas concessões de rádio e tv, bem como ao Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, órgão responsável por sugerir medidas punitivas contra veículos de comunicação. Duas vagas de jornalista no Conselho são de indicação exclusiva da FENAJ.
Caso as demissões continuem ocorrendo sem uma justificativa plausível, o SINDIJOR estudará, também, a realização de atos públicos para denunciar a TV Sergipe por desrespeito aos profissionais do Jornalismo e, consequentemente, à sociedade.
Por fim, o Sindicato coloca a sua assessoria jurídica à disposição dos profissionais demitidos, a fim de que todos os direitos dos jornalistas sejam preservados.
Enviado pela assessoria