Por Joedson Telles
O senador Eduardo Amorim, que ajudará a varrer a petista Dilma Rouseff da Presidência da República (da política?), nesta quarta-feira, dia 11, assina a frase que serve de título para este texto. Ele acredita que o fato de o governador Jackson Barreto ter feito a opção de ficar a favor da petista e contra Michel Temer, que assume com a queda, e ironicamente é do mesmo PMDB que o governador, não pode ser a senha para que Sergipe seja prejudicado na sua relação com o Governo Federal por conta de retaliação.
Eduardo Amorim refere-se, evidente, ao fato de que com Dilma ou sem Dilma, com Temer ou sem Temer, Sergipe continuará sendo um Estado mal governado. Vivendo de desculpas pífias para a falta de soluções para os problemas dos sergipanos. Quando muito de ações tímidas. Permanecerá permutando a personalidade de admitir a falta de aptidão do chefe do Poder Executivo para governar pela não convincente desculpa da crise econômica, subestimando, assim, a inteligência das pessoas, já que em estados onde há competência administrativa soluções estão sendo encontradas à custa da criatividade.
O governo pode até tentar minimizar o juízo do senador citando algumas obras que estão sendo tocadas com recursos oriundos do Governo Federal. A inocência, pra escrever o mínimo, de certas figuras do governo é ululante. Não permite enxergar o óbvio: qualquer Governo Federal seja do PT, PSDB, PMDB, PSB…, Qualquer gestor sempre destinou e sempre destinará recursos para todos os estados. O diferencial é o prestígio ou o poder de persuasão do governador junto ao presidente da República para conseguir mais dinheiro além do, digamos, básico. E neste ponto uma comparação de Sergipe com outros estados brasileiros desmoraliza facilmente os argumentos, pra variar, mortiços do Governo de Sergipe.
Aliás, o choro pela queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados, o FPE, ajuda a ilustrar como Dilma “priorizou” Sergipe. Mesmo assim, e ainda somando-se a isso o discurso da candidata sem coerência na prática da presidenta, todos os aumentos, o assustador desemprego e outras pérolas oriundas de medidas adotadas pelo governo Dilma, o governador de Sergipe optou por abraçá-la. De fato, pior é difícil.