Líder maior do Partido Progressistas em Sergipe, o senador Laércio Oliveira, provocado pelo Universo, comentou, nesta terça-feira, dia 30, os desdobramentos de conversas de bastidores, no último fim de semana, com tratativas para a escolha da pré-candidatura a vice-prefeito de Aracaju do agrupamento governista, na chapa de Luiz Roberto (PDT).
O senhor defendeu, em vários momentos, uma pré-candidatura própria do Progressistas à Prefeitura de Aracaju, com o vereador Fabiano Oliveira sendo cabeça de chapa. Houve conversas com o MDB do senador Alessandro Vieira e da ex-secretária estadual Danielle Garcia. Agora, ao que parece, o processo avançou e o partido já aceita indicar o vice de Luiz Roberto. O que mudou?
Veja, Fabiano é um político jovem, um cara preparado, com experiência em gestão empresarial e pública, de modo que, para nós, ele tem qualidades naturais para representar o partido seja como cabeça de chapa ou como vice-prefeito. Nada mudou, porque desde sempre nós defendemos a união do grupo em torno de um nome que possa contrapor com chances os adversários e, através de uma campanha propositiva e voltada à discussão dos problemas que afligem a nossa população, que é como enxergo a atuação política, alcançarmos a vitória, se possível ainda no primeiro turno. O diálogo sempre existiu e faz parte do contexto que vivemos. Nada mudou!
Ou seja, noutras palavras, o Progressistas finalmente indicou Fabiano Oliveira para ser vice-prefeito na chapa do PDT, como era esperado. É isso?
Como eu disse, estamos dialogando em torno da melhor solução para alcançarmos a vitória. O prefeito Edvaldo Nogueira e o governador Fábio Mitidiere, que lideram o processo de sucessão juntamente conosco, com o PSB, Republicanos e o MDB, vêm trabalhando pela união do grupo e pelo fortalecimento de um conjunto de partidos e lideranças a fim de que possamos seguir alcançando vitórias, como correu nos últimos cinco pleitos. O Progressistas veio para somar, não para dividir. Esse é o nosso jeito de fazer política. Tanto eu quanto Fabiano entendemos que a união faz a força e neste momento, no qual temos adversários muito fortes e que não podem ser desprezados, entendemos que unir e fortalecer o grupo é nossa missão. Portanto, tanto faz que estejamos na cabeça de chapa ou na vice-prefeitura. Para nós, o importante é que o grupo esteja unido e forte, e disposto a disputar e vencer.
O senhor fala em união do grupo, mas foi incisivo, na semana passada, quanto à presença do presidente do Solidariedade em Sergipe, o ex-deputado federal Valadares Filho, que seria “persona non grata” no grupo, e que o senhor não aceitaria uma composição em que ele estivesse…
Veja, isso não ocorreu… Eu disse – e reafirmo – que a união faz a força e que, quanto mais partidos e lideranças estiverem conosco, mais nos fortalecemos. Não disse uma vírgula contra a pessoa de Valadares Filho, com quem mantenho uma relação pessoal cordial e é um quadro relevante da política sergipana. Falei que politicamente defendo uma composição mais ao centro, que tenha bandeiras que agregam mais eleitores e que tenham a ver com o que o Progressistas defende. Somos um partido de centro. Lembrei apenas que em 2022 Valadares Filho estava concorrendo contra nós, o que é verdadeiro e honesto. Mas entendemos que a política é feita de somatórios positivos e a presença de Valadares Filho e do Solidariedade é bem-vinda. No meu entender e dos meus colegas no Progressistas, essa presença soma nesse processo de ampliar o grupo, de conquistar votos – soma eleitoralmente. Isso para nós está superado. O importante agora é organizar os partidos e, se possível, trazer também o MDB, que é um força importante. Em resumo, seguimos em busca da união do e do fortalecimento do agrupamento, para concorrer e vencer.