Após mais de um mês de encontros e conversas com os gestores das unidades de ensino da rede estadual, o secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, finalizou na tarde dessa terça-feira, 24, o primeiro ciclo da ação intitulada “Diálogos com o Secretário”. Ao todo foram 23 encontros virtuais com os diretores das escolas de todas as diretorias regionais de educação, ocasiões em que o Gestor da Pasta e os diretores de escolas puderam debater soluções coletivas para a Educação. Os encontros contaram ainda com a participação do superintendente executivo da Seduc, professor José Ricardo de Santana.
Essa última conversa foi com gestores de escolas da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA). Assim como em todos os outros encontros, o tema principal foi “Educação como Política de Estado e indicadores pedagógicos”, na qual o professor Josué Modesto discorreu sobre as principais linhas de atuação da Seduc, não somente delineando o significado de educação como política de estado, como também reforçando a proposta e o compromisso de criar mecanismos para seguir cumprindo essa meta do Governo de Sergipe. O secretário ressaltou o papel de liderança dos diretores nas comunidades em que atuam. Um dos pontos que ele lembrou como mais importante para que a Educação seja encarada como política de Estado foi a introdução do processo seletivo para diretores de escolas e de diretorias regionais.
O secretário falou também sobre outras novidades implantadas na Educação a partir do governo Belivaldo Chagas, como a contratação de professores substitutos. “Uma rede da nossa complexidade também precisa de professores substitutos. Às vezes, os docentes necessitam se afastar por diversos motivos, mas isso não gera vaga. Os estudantes não podem ficar um só dia sem professor, por isso vimos a necessidade da contratação de professores temporários”, disse.
Ele destacou também a importância do regime de colaboração com os municípios, dando como um dos principais exemplos o Programa Alfabetizar pra Valer, que está funcionando em 74 dos 75 municípios sergipanos. Outros temas apresentados pelo secretário foram: o Sistema de Avaliação da Educação Básica de Sergipe (Saese); a lei de distribuição do ICMS social, por meio da qual os municípios que tiverem melhores índices educacionais receberão mais incentivos fiscais; o Programa Sergipe na Idade Certa (Prosic), para corrigir a distorção idade-série; entre outros.
Ainda durante o diálogo, o professor Josué Modesto falou sobre os principais indicadores pedagógicos que as escolas devem observar: alunos em risco escolar, diários preenchidos, e a distorção idade-série. Ele mostrou os índices de cada escola da DEA que participou da reunião, dando a oportunidade de os gestores debaterem sobre como melhorar os desempenhos.
O superintendente executivo da Seduc, professor José Ricardo de Santana, enfatizou que “os indicadores educacionais são um termômetro que medem em que ponto estamos e mostram como a gente recebe os alunos. É importante também que haja o engajamento dos diretores e professores para que, a partir dos indicadores, sejam tomadas as medidas necessárias”.
Momento de diálogo
A diretora da DEA, Gilvânia Guimarães, agradeceu ao secretário pelo ciclo de encontros, afirmando que essas reuniões foram momentos de escuta muito importantes. “Essa preocupação da educação como política de Estado é uma virada de chave, um começo que está fazendo parte de uma visão inovadora, estratégica e insistente. Isso faz com que a gente tenha uma gestão mais técnica e mais profissional. Estamos tendo investimentos diretos de recursos nas escolas, dando a elas condições para que se exercite o fazer educacional com mais zelo e com autonomia para os gestores planejarem e executarem”, disse.
Os diretores de escolas que participaram também se mostraram agradecidos pela oportunidade de poderem conversar com o secretário de Estado da Educação. Foi o caso de Andreia Abreu, diretora da Escola Estadual Professor Valnir Chagas. “Esse diálogo com o secretário é imprescindível para que a gente continue trabalhando da melhor forma possível”, disse. Falando sobre os indicadores, ela destacou que quando assumiu a direção, em maio deste ano, a escola tinha 43% dos diários preenchidos, e que hoje esse número já está em 100%. “Estamos vendo o comprometimento dos professores em buscar os alunos. Estamos fazendo o nosso melhor. Temos um acompanhamento pedagógico muito forte na escola. A gente percebe que muitos pais nos indicam para que outros matriculem seus filhos, e isso me faz sentir orgulhosa”, afirmou. Ela disse ainda que fará ações pensando na preparação dos alunos que participarão do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), “com foco em motivar os estudantes para aprendizagem, e mostrando que a avaliação externa é importante para fortalecer a rede como um todo”.
Quem também se mostrou satisfeito foi Anderson Menezes Dantas, diretor da Escola Estadual Rodrigues Dórea. “Desde que recebemos o convite para essa reunião, a ansiedade foi grande. Ficamos bastante agradecidos por essa oportunidade”, declarou. Sobre alguns indicadores de sua escola, ele falou sobre a necessidade de conscientizar professores sobre a questão do registro de presença dos alunos. “É preciso que entendam que a participação dos alunos na entrega das atividades já significa a presença deles, e não apenas a chamada no início das aulas. Já sobre o preenchimento dos diários, nós passamos de 13% para 96% em dois meses. Quanto à questão da distorção idade-série, nós criamos duas turmas do Programa Sergipe na Idade Certa e creio que iremos diminuir bastante o índice de distorção”, disse.
O secretário Josué Modesto finalizou o encontro motivando os gestores a fazerem um trabalho cada vez melhor. “As escolas estão com recursos financeiros em caixa. O modelo de gestão tem que ser de corresponsabilidade. Os diretores são capazes e têm autonomia para formar equipes e executar os recursos”, declarou.