A secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos, esclareceu que o Estado não perdeu dinheiro da obra do Hospital do Câncer. Numa fala dura e emocionada, ela colocou à disposição da imprensa extratos que comprovam os valores destinados ao Hospital empenhados, pediu bom senso a deputados e senadores para analisarem os dados, falou da luta do ex-governador Marcelo Déda na aprovação do Proinveste e apelou para que a oposição não faça com o Proredes, o mesmo que foi feito com o Proinveste, que levou oito meses para ser aprovado.
“Quando a gente fala hoje pela pasta da Saúde, me causa dor e constrangimento, ver pessoas utilizarem o expediente da Saúde pra fazer política. Estou falando como uma médica, como uma técnica, não isoladamente como um membro do primeiro escalão. Eu vi um homem, tirando o cargo, que foi o governador Marcelo Déda, que naquele momento, ele era o pai, era o cidadão, era o paciente oncológico fragilizado, afundar o seu quadro de saúde, falecer, como nós vimos, lutando pelo Proinveste, que, por forças ocultas; força A, força B, força C, negociação, passou oito meses para ser aprovado, mesmo com R$15 milhões para a obra do Hospital do Câncer”, falou Joélia Santos.
“As próprias pessoas que atiram que o governo é inoperante, que o governo não tem tomado decisão, pontue cada um que botou seu peso para a obra demorar mais um pouquinho”, complementou. “E agora, quando a obra sair, se fizerem o que fizeram com o Proinveste, a obra vai acabar um elefante branco, porque termina a obra e não vamos ter equipamento”, alertou a secretária para que o tratamento dado pela oposição ao Proinveste não seja o mesmo a ser dado ao Proredes.
Joélia Silva Santos colocou à disposição da imprensa e da sociedade, as três notas de empenho das emendas que destinavam recursos para o Hospital do Câncer “Estão aqui. Foram emitidas do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) da CEF, nessa quinta-feira, 16, às 17h22. Elas mostram que, somando os R$ 32 milhões com mais R$ 15 milhões do Proinveste, dá R$ 47 milhões, que é o que nós temos, com mais R$ 33 milhões, que ainda estamos aguardando, totalizam os R$ 80 milhões necessários à obra do Hospital do Câncer. Dinheiro de emenda que não foi empenhado é dinheiro inexistente. Não é verdade que o Governo Estadual perdeu dinheiro. Acabem com essa conversa. Precisamos ter respeito às pessoas”, apelou a secretária.
Detalhando as informações do Siafi – Na data de emissão do dia 22 de dezembro de 2011, o Fundo Estadual da Saúde foi favorecido com recursos do Tesouro Nacional para construção do Hospital do Câncer no valor de R$ 5.099.131,00. No dia 27 de dezembro de 2011, foi colocado no Fundo, para a mesma finalidade, R$ 15.700.869,00. A soma dos dois valores totaliza R$20.800.000,00. No dia 31 de dezembro de 2012, o Fundo empenhou R$ 11.900.000,00 para o mesmo fim. “Da soma total desses valores surgem os R$ 32.700.000,00, que o Ministério da Saúde colocou. Acrescendo aos R$ 15 milhões do Proinveste, que passou oito meses sem ser aprovado, chegamos aos R$ 47 milhões que nós temos”, disse a secretária.
Ela ressaltou que a emenda de 2013, de R$ 33 milhões, cujo valor o governador solicitou à ministra chefe da Casa Civil, Gleice Hoffman, e ratificado durante visita ao ministro da Saúde, Antônio Padilha, não foi empenhado. “Como é que se perdeu dinheiro? Que brincadeira é essa que se faz com a saúde do povo do Estado de Sergipe? Precisamos é somar esforços. Eu preciso é que os deputados, senadores se somem e ponham dinheiro na saúde pública”, destacou.
O Programa de Fortalecimento das Redes de Inclusão Social e Atenção à Saúde vai garantir que o Hospital do Câncer tenha equipamentos de alta tecnologia no diagnóstico e tratamento aos pacientes. São R$ 35 milhões que serão destinados à aquisição de equipamentos modernos, a exemplo de acelerador linear, tomógrafo, pet-scan, raio-X digital, mamógrafo digital.
No Prorredes a compra de equipamentos está no cronograma parcelado para o segundo trimestre de 2016. O Proredes não é uma liberação de U$ 100 milhões de dólares de forma imediata. É a construção de um cronograma de várias atuações que vão ser feitas dentro do projeto da saúde pública em Sergipe. É um projeto macro de financiamento para quatro anos de liberação de recursos e um ano de prestação de contas.
“Ao contrário do que vem sendo divulgado, também de forma equivocada, não há compra de equipamentos hoje para que estejam ultrapassados tecnologicamente quando o Hospital começar a funcionar. O que existe é um planejamento para aquisição desses equipamentos no tempo certo e isso tem que que ocorrer de forma paralela. O que não dá é para iniciar esse processo quando a obra estiver concluída. Aí, sim, estaria errado”, complementa a secretária.
Enviado pela Secom do Governo do Estado