Durante entrevista concedida na manhã desta quinta-feira, 27, à Liberdade FM, a secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos, falou sobre a paralisação dos condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) e a preocupação com a assistência às pessoas que venham a necessitar desse serviço.
“Hoje nós temos a paralisação do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Samu e parte da fala de Adilson esta semana nas emissoras de rádio era colocando a sua revolta sobre a presidente Dilma Rousseff por ter vetado, desconhecendo a categoria de condutores de ambulância”, disse Joélia Silva.
A secretária falou sobre o relacionamento com o presidente do Sindicato. “Adilson tem sido um grande parceiro. É um sindicalista. Admiro cada um no seu ponto de vista de defesa”, falou.
Diante dessa situação, Joélia Silva, conversou por telefone hoje pela manhã com o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Samu, no sentido de conciliar a situação e assegurar a assistência durante a paralisação.
“Muito sensato o posicionamento da secretária em nos procurar para dialogar e chegarmos a um consenso de manter 50% dos condutores trabalhando. É uma postura excelente para uma gestora, porque só conseguimos as coisas dialogando. Ela sentou com a categoria para tentar resolver o problema, apesar dos obstáculos que o Governo enfrenta. É claro que ela não tem o poder de resolver tudo mas mostrou-se disponível e disposta. Disse que levaria a questão ao secretário João Gama e ao governador Jackson Barreto para que o Estado não entre em crise de desabastecimento”, pontua Adilson Ferreira.
Joélia Silva reconheceu a forma responsável da direção do Sindicato conduzir o movimento ao apresentar uma planilha com os nomes dos trabalhadores que estão disponíveis para o trabalho no dia de hoje com um percentual próximo dos 50% de efetivo, com prioridade nas Unidades de Suporte Avançado. A secretária informou que a gestão vem acompanhando o movimento e, diante do contingente disponível, a direção do Samu 192 Sergipe, juntamente com a regulação, está trabalhando no sentido de fazer a triagem dos casos efetivamente graves.
“A distribuição das equipes e ambulâncias foi feita de forma a dar maior cobertura possível ao território sergipano para tentar minimizar ao máximo os efeitos da paralisação junto à população e não comprometer a assistência”, finalizou.
Joélia Silva destacou que, como gestora da pasta da Saúde Estadual, reconhece a importância do profissional condutor de ambulância, mas que é preciso manter o equilíbrio e perceber que a aprovação de um projeto de lei depende de uma previsão, planejamento e fonte de custeio.
“O motorista da ambulância não é um motorista qualquer. É um condutor que faz parte de uma equipe que trabalha, que merece o nosso respeito, que é necessário na condução desse processo. Mas, como nós vamos fazer o reconhecimento dessa categoria e pagar nas condições colocadas aí? É preciso que, quando for feita a lei, que seja feita a previsão e o planejamento, também, da fonte de recurso”, esclareceu.
Ela destacou que “não é possível discutir um projeto de lei de forma isolada e querermos passar por bons para categoria A ou B, quando não digo de onde vem o dinheiro. Esta aí, por exemplo, o piso do agente comunitário de saúde e do agente de endemias, a briga para receber esse mesmo valor já previsto em uma portaria do Ministério da Saúde agora recente”, concluiu Joélia Silva.