Decisão será tomada mediante entendimentos com a Direção Nacional do PTB
Por Joedson Telles
Nesta entrevista que concedeu ao Universo, o deputado estadual Adelson Barreto explica que continua com a sua pré-candidatura a deputado federal na cabeça, mas, a depender da Direção Nacional do PTB e dos entendimentos, pode avocar um projeto maior e se lançar pré-candidato ao Senado Federal. O parlamentar, inclusive, faz um apelo aos institutos de pesquisas de Sergipe. “Na segunda quinzena de junho tomaremos uma posição, mas faço um apelo aos institutos de pesquisas que não retirem o nosso nome, porque nós também estamos colocando o nosso nome à disposição dos institutos para uma consulta popular para o Senado. As pesquisas irão nortear a decisão que eu e a Direção Nacional iremos tomar”, justificou. Caso mantenha a pré-candidatura à Câmara Federal, Adelson Barreto ainda não sabe quem terá seu apoio para a disputa pela vaga no Senado. “Poderemos ser pré-candidatos ao Senado? Há possibilidade. Se não formos estaremos abertos para conversar e ouvir atentamente o que pensa cada um, o perfil de cada um para que a gente possa definir”, diz. A entrevista:
A pré-candidatura a deputado federal está mantida ou partirá para um voo mais alto?
Nós ingressamos no PTB, ano passado, com um projeto, um pensamento de disputar uma cadeira na Câmara Federal. Esse pensamento foi comungado com a Direção Nacional do partido. Ingressei no partido não foi tomando posse aqui em Sergipe. Eu fiz questão de ir a Brasília para conversar com o presidente da executiva nacional do PTB (Benito Gama). Sentamos, demoradamente conversamos. O projeto do partido era lançar várias candidaturas a federal em diversos estados brasileiros, dentre os quais Sergipe. Entramos e combinamos com o presidente e ele me disse que tinha muita vontade de voltar a Sergipe, mas que eu o mantivesse informado. Eu, costumeiramente, falo com ele toda semana. Surgiu a pesquisa para o Senado onde o nosso nome apareceu muito bem. Ele pediu para eu ver a pesquisa. Ele disse que fizemos um entendimento para eu ser pré-candidato a deputado federal. Para eu preservar o entendimento, porém, por ter mais experiência, ele me disse que política é a arte de ocupar espaço. Determinados momentos que precisamos desviar o nosso rumo em busca de um objetivo maior. Ele me pediu para o manter informado sobre as pesquisas para que nós possamos ter uma nova discussão agora em junho. Mandei pra ele uma pesquisa aqui de Sergipe e ele me disse para analisar da primeira até a última pesquisa para que a gente pudesse definir minha pré-candidatura. Ele disse que minha pré-candidatura continuaria para deputado federal, todavia, não descartando uma majoritária para o Senado. Quero dizer publicamente que temos trabalhado a pré-candidatura de deputado federal, porém, não se faz política sozinho. Eu sou de um partido que tem Direção Nacional, que quer dividir comigo a responsabilidade do projeto para o partido. O partido em Sergipe tem um projeto, mas, acima do projeto estadual tem o nacional. Portanto, decidimos em comum acordo com Benito Gama e com Norberto, que é o secretário geral do partido, que voltemos agora na segunda quinzena do mês de junho para que possamos avaliar com muita calma. Ele me disse ter analistas em todo Brasil para que fizéssemos avaliações para que com segurança tomássemos uma decisão. Portanto, a decisão é essa. De permanecermos com a nossa pré-candidatura a deputado federal sem descartar uma pré-candidatura majoritária.
Isso vem sendo discutido também dentro do grupo dos irmãos Amorim, ao qual o senhor faz parte aqui em Sergipe?
Por hora, temos conversado rotineiramente com a Direção Nacional. Em termos de Sergipe, vamos ter uma conversa muito mais aprofundada quando se aproximar a convenção. Nesse momento, o meu entendimento é de uma relação muito próxima com o povo, trabalhando muito, levando o nosso nome, o nosso pensando, o pensamento do partido para as comunidades e para o interior do estado, sempre dizendo às pessoas que temos o pensamento de candidatura a federal, mas que o eleitor tenha paciência porque só na segunda quinzena é que o partido em termo nacional tomará conosco essa decisão para que a gente possa anunciar para a população. Tanto é que as pessoas que me acompanham têm conhecimento disso. Nós permanecemos com o nosso nome também nas pesquisas que estão sendo realizadas para o Senado. A depender do resultado e da conversa que teremos com a Direção Nacional é que tomaremos uma decisão porque o nosso projeto é de Sergipe, mas acima de Sergipe está a Direção Nacional que tem avaliado de perto nossa performance, tem avaliado a pré-candidatura para que a gente possa definir com a Direção Nacional. Na segunda quinzena tomaremos uma posição, mas faço um apelo aos institutos de pesquisas que não retirem o nosso nome porque nós também estamos colocando o nosso nome à disposição dos institutos para uma consulta popular para o Senado. As pesquisas irão nortear a decisão que eu e a Direção Nacional iremos tomar na segunda quinzena do mês de junho.
Mas há restrições para conversas sobre este projeto em Sergipe?
Eu converso com todas as pessoas. A minha relação é de muito respeito e de muito carinho por todos aqueles que integram a política de Sergipe. Nunca me furtei a um apelo para um diálogo, para uma conversa, com qualquer que seja o político. Qualquer político que quiser conversar comigo estamos abertos. Porém, queremos ratificar que a nossa decisão terá que ser em conjunto. Uma decisão com a co-responsabilidade da Direção Nacional do PTB. Dialogar é muito natural no mundo político, e converso abertamente com Jackson, Amorim, João, Valadares… com qualquer um que seja o político, desde que seja numa linha respeitosa. O diálogo é importante.
Se o seu projeto não for uma pré-candidatura ao Senado, necessariamente, apoiará o candidato do seu grupo?
Tudo é possível. Vai depender do entendimento que tenhamos. Não tem nada definido. Não decidi. É muito cedo. Nesse momento, a prioridade para mim é saber da população, através de pesquisas, para que eu possa juntamente com a decisão do meu partido tomar uma decisão. Tomada a decisão, a gente pode obviamente anunciar qual será o nosso comportamento, se a gente não for para majoritária quem será o nosso candidato ao Senado, que até agora não definimos. Poderemos ser pré-candidatos ao Senado? Há possibilidade. Se não formos estaremos abertos para conversar e ouvir atentamente o que pensa cada um, o perfil de cada um para que a gente possa definir.
A decisão, então, passará também pelo crivo dos seus eleitores?
Sempre fiel ao meu eleitor. Não tomo decisão nenhuma sem ouvir o meu eleitor, e ouvindo meu eleitor faço pesquisa e vou para as ruas, os bairros, as feiras, para ouvir a população. O que norteia a minha estada na vida pública é essa sintonia que temos com o povo de Sergipe. Através dessa parceria, graças a Deus, temos tido muito sucesso porque o eleitor está sempre em sintonia comigo e eu sempre em sintonia com meu eleitor. Não tomo nenhuma decisão contrária à vontade do meu eleitor.
A pré-candidatura do vereador Adelson Barreto Filho é concerta?
Com relação à outra pré-candidatura, nesse momento, não temos nenhuma decisão. Estamos trabalhando, pensando e avaliando uma decisão de pré-candidatura minha. Sem decisão de pré-candidatura minha não pode haver pré-candidatura de alguém que vai estar me auxiliando. Não tem nada definido. Precisa resolver essa questão de minha pré-candidatura com a decisão do meu partido. Feito isso, vamos pensar em quem iremos apoiar, se iremos lançar pré-candidato. Tudo isso depende da decisão que nós tomaremos juntamente com o partido. Neste momento, a nossa preocupação é saber do eleitor o que ele quer de Adelson Barreto. Pesquisa, quando eu falo, nada mais é do que uma consulta a população. Eu vou estar sempre respeitando a orientação, a decisão o desejo do meu eleitor. Sempre essa parceria de fidelidade mútua, sobretudo com o povo pobre desse estado. Nós não tomaremos nenhuma decisão, até porque quando conversamos com Benito Gama dissemos que tomaríamos uma decisão nos baseando numa consulta popular ao povo de Sergipe, que através de inclinação, da sua opinião da realização das pesquisas, é que vai dizer qual a posição que devo ser escalado no time.
Há muita gente tomando decisões para o pleito de 2014, pensando em 2016 ou mesmo 2018?
Particularmente, eu não penso assim. Cada um tem um estilo de fazer política. Eu não sei fazer política pensando no que vai acontecer dois anos ou quatro anos depois. Dizem até pessoas que planejam 10 anos depois. Eu vivo o presente. Eu pretendo definir minha pré-candidatura, e quando decidi, vou avaliar qual será a resposta do povo.