Por Joedson Telles
“Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” – Tiago 4:15 (NAA).
Tiago evidencia, em poucas palavras, uma sabedoria ímpar: a vontade humana é – e precisa ser – regulada pela supremacia de Deus. Textos como este exortam descartar o tom arrogante em nada parecido com a atitude humilde daquele que é o eterno exemplo de perfeição: Jesus Cristo, que pediu ao Pai para passar o cálice, mas externou confiança na Sua decisão.
Agir de outra forma – querer ditar o próprio destino – é uma confissão infeliz da falta de temor a Deus. É uma tentativa tola de afrontá-lo; de colocar em xeque Seus propósitos definidos antes da fundação do mundo. Não é, portanto, o comportamento de um crente, que nada faz sem velar a soberania de Yahweh, que tudo faz pelo conselho de Sua vontade.
Além disso, aquele que não subordina seus planos aos de Deus também atesta sua ignorância no que diz respeito à fragilidade e à brevidade da vida. “Vocês não sabem o que acontecerá amanhã. O que é a vida de vocês? Vocês não passam de neblina que aparece por um instante e logo se dissipa” (V, 14).
Quantas vezes lembramos de episódios que vivemos ou testemunhamos, há anos, mas que parece que aconteceram ontem? Quantas pessoas deixaram esta vida “precocemente” para nossa “surpresa”? E se o tempo voa sem que tenhamos controle e a morte é certa, onde repousa a sensatez, quando se faz planos à revelia Daquele que tudo comanda? É urgente a reflexão (1 Crônicas 29: 11,12).
Há aqueles que usam – até com frequência – a frase “se Deus quiser”, antes de soltar no ar um plano, mas fazem isso de forma mecânica. Tipo papagaio que fala corretamente, mas não sabe o que diz.
Usar esta verdadeira e piedosa frase de forma correta é não precisar abrir a boca para o seu entorno saber que tudo está atrelado à vontade divina. A própria vida testifica a soberania e a bondade de Deus. A humildade está presente. “Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará” (Tiago 4: 10).
Tiago ainda alerta: está em pecado quem não se submete à vontade de Deus, por agir também em harmonia – querendo ou não – com o inimigo. “Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna” (V, Tiago 4:16, ARA).