Antes dele, os deputados Goretti Reis e Gilson Andrade fizeram o mesmo
Por Joedson Telles
Depois de os deputados Goretti Reis (DEM) e Gilson Andrade (PTC) rechaçarem, de pronto, a citação dos seus nomes pelo ex-deputado Mundinho da Comase (PSL) como participantes do esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo verba de subvenção da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Samuel Barreto (PSL), também citado, repudiou a atitude do ex-colega. Ao ser preso, na manhã da última quarta-feira, dia 29, o ex-deputado Mundinho não apenas confessou que participou do esquema de corrupção, através da Associação Ala Jovem de Lagarto, comandada pelos irmãos Augifranco Patrick de Vasconcelos e Ygor Henrique Batista de Vasconcelos como também aceitou a delação premiada na qual citou vários deputados, entre eles Goretti, Gilson e Samuel, e o ex-deputado Zeca da Silva (PSC).
“A pretexto de colaborar com as investigações que culminaram com a decretação de sua prisão preventiva, que entendemos desnecessária, o ex-deputado Raimundo Vieira cita, sem provas, antigos colegas de parlamento, inclusive o Capitão Samuel. Tais atitudes não contribuem com a construção da Justiça e destoam do conceito legal da delação premiada”, disse.
Segundo Samuel, a delação premiada consiste na confissão de participação em um delito juntamente com outras pessoas. Para validação, no entanto, é indispensável a produção de provas ou apontamento de indícios mínimos, o que, enfatiza Samuel, não foi feito pelo ex-deputado Mundinho da Comase.
“O deputado Capitão Samuel conclama a todos a ter temperança, serenidade, equilíbrio e respeito, ao tempo que continua a disposição do Ministério Público, do Poder Judiciário e, sobretudo, da população sergipana que representa com altivez, independência e coragem cívica”, finaliza.