O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã de hoje (28), comentar problemas registrados no edital do concurso público para provimento de vagas da Polícia Militar.
“Há dois anos nesta Casa eu já avisava das questões relacionadas ao concurso público da PM. Foi aprovada uma lei aqui reservando 10% das vagas para as mulheres. Aquilo foi equivocado e inconstitucional. Fiquei sabendo que a OAB vai entrar com uma ação agora para garantir a igualdade”, comentou o deputado.
Em seguida, Samuel lembrou que nem toda atividade da Polícia Militar a mulher pode resolver. “Alguns Estados encontraram meios para resolver, como Pernambuco e Alagoas. Em São Paulo, por exemplo, antes de fazer o teste teórico, fizeram o prático. É claro que aí vão passar muito mais homens que mulheres, mas deixaram em pé de igualdade o concurso”.
Mais adiante, Samuel disse que tinha avisado que teria problemas neste concurso. “Hoje temos vários mulheres que entraram na Justiça para reclamar o fato de homens com 118 pontos serem aprovados e elas com 120 terem ficado fora. A ação da OAB é ainda complicada porque quer deixar metade para mulheres e metade para homens. Tem que deixar em igualdade de condição no teórico para acabar com a discriminação. Espero que a OAB reflita”.
“Já pensou 200 mulheres tomando conta de um estádio de futebol, com duas torcidas organizadas em pé de guerra? Elas não vão conseguir conter o ímpeto dos torcedores. E em uma situação de reintegração de posse? Esse edital já começou errado com essa discriminação de gênero, além da homologação que é de 30 de junho, sendo que depois de 4 de julho existem vedações pela lei eleitoral para a convocação de servidores. Estou checando junto à PGE se o Estado poderá ou não chamar os 600 aprovados prometidos pelo governo”.
Por Habacuque Villacorte, da Agência Alese