Recursos beneficiam associações e agricultura familiar de sete municípios sergipanos
O senador Rogério Carvalho (PT/SE) realizou, nesta segunda-feira, dia 22, a entrega de equipamentos para associações e agricultura familiar a sete municípios sergipanos, totalizando um montante de R$ 934.567,45. Os equipamentos são frutos de emendas do senador Rogério Carvalho destinadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Os municípios contemplados foram Canindé de São Francisco, Itabaianinha, Japoatã, Lagarto, Nossa Senhora da Glória e São Francisco. Os equipamentos entregues incluíram um Kit de beneficiamento de frutas, kit corte e costura, implementos agrícolas, trator 90cv cabinado e implementos, trator 90cv cabinado e implementos, refrigerador Duplex 565 litros, veículo de passeio tipo hatch – KWID, e uma grade niveladora 32 discos.
Em solenidade realizada na sede da Codevasf, em Aracaju, o senador Rogério Carvalho agradeceu o empenho da equipe da empresa pública para assegurar a entrega dos equipamentos. “Agradeço a toda a equipe pelo esforço que a Codevasf tem feito para assegurar o que temos conquistado para o setor produtivo do nosso estado e inclusive os municípios, agilidade no recebimento do recurso federal através de equipamentos, de obras, que é fundamental para melhorar a vida das pessoas”, disse.
Carvalho também destacou a importância dos equipamentos para a agricultura familiar, sobretudo para as regiões afetadas pela escassez hídrica. “Um carro-pipa não é brinquedo. Muitas pessoas não têm ideia da importância do benefício que esse carro-pipa tem para uma determinada comunidade. Aqui em Sergipe, através da Codevasf, conseguimos entregar 20 carros-pipas no ano passado. Isso mudou a vida de pelo menos 40 comunidades. Imagine Porto da Folha, um lugar que fica a mais de 20 quilômetros da cidade do município, onde a água não chega. A importância que tem um carro-pipa, principalmente nesse período de falta d’água, é enorme. É um conforto que vai beneficiar tanto as famílias quanto a atividade produtiva que depende da água, porque é uma região produtora de rede. Então, não é só para as famílias consumirem, é também para garantir a continuidade da atividade produtiva dessa comunidade”, afirmou.
“Os tratores também têm uma importância fundamental para as comunidades rurais. A gente tem recebido retorno da importância que tem um trator para uma determinada comunidade, para um povoado, para uma associação. A quantidade de famílias que ganha tempo, porque a gente sabe que o nosso tipo de chuva é curto, então se você atrasa para preparar a terra, você atrasa o plantio e pode perder a colheita. Então, se você prepara a terra no tempo certo, planta no tempo certo, a possibilidade de ter uma colheita melhor ou uma colheita dentro do esperado é muito maior. E isso graças a equipamentos como o trator agrícola que a gente tem dado de acordo com a demanda e as características de cada comunidade”, acrescentou.
Já sobre o município de Lagarto, o senador Rogério destacou que hoje foi entregue o terceiro trator, fruto de seu mandato, para a região. “É muito pouco para uma cidade que tem mais de 100 mil habitantes e tem 119 povoados. Nós precisamos levar mais tratores porque tem uma comunidade carente e pequenos produtores rurais e agricultores familiares que não têm condição de ter um equipamento sozinho. Mas, consolidados, associados através de alguma entidade, podem ter esse equipamento a um custo mais baixo e melhorar a sua condição produtiva”, ressaltou.
O senador Rogério Carvalho ainda falou sobre a importância de investir na organização dos agricultores familiares. “Assim como máquinas de costura, assim como máquinas de beneficiamento de frutas, nós vamos desenvolver esse ano um modelo de casa de farinha que funcione no sistema de cooperativa. O primeiro vai ser implantado em Arauá. Depois que a gente testar em Arauá, a nossa ideia é levar esse modelo para outras regiões de Lagarto e do estado. E aí, trabalhar na organização desses produtores para que a gente tenha equipamento moderno”, reforçou.
“A casa de farinha que a gente tem funcionando, as mais modernas, é da época que eu era criança, que eu ia na roça e via aquela roda de ferro verde, com aquelas paletas que mexia a farinha com o motor elétrico. Essa tecnologia tem mais de 60 anos. Ou seja, hoje a gente tem equipamentos mais modernos, mais eficientes, tanto para moer, quanto para espremer, para secar, quanto para torrar a farinha. E podendo aproveitar parte daquilo que é jogado fora”, complementou.
O senador Rogério Carvalho finalizou sua fala reafirmando seu compromisso de ajudar os produtores rurais pequenos e agricultores familiares. “Nós temos um compromisso de ajudar os produtores rurais pequenos, os agricultores familiares, a terem uma renda melhor e constante. Infelizmente, Sergipe ainda não abriu os olhos para a grande riqueza que tem aqui. A gente precisa transformar milho em proteína animal, proteína de frango, proteína de porco, proteína bovina. A gente precisa criar uma cadeia produtiva que emprega e que gera emprego, que aumenta a renda do produtor, do agricultor familiar. Por exemplo, um agricultor que tem dez tarefas pode ter uma granja enorme. Desde que tenha um frigorífico que compartilhe e trabalhe em parceria, faça o sistema integrado. É possível fazer isso, e a gente tem mão de obra para isso. Mas a gente não tem ainda condições administrativas para dar conta dessa forma de organizar e transformar o nosso milho em mais riqueza para o povo sergipano”, pontuou.
“Se a gente não fizer isso, as regiões produtoras vão ficar mais pobres do que as regiões produtoras de cana. Porque a cana ainda tem a moagem, ainda tem a indústria, ainda tem o processo que vem na sequência. O milho, não. O milho plantou, colocou em cima do caminhão, carregou, a terra fica descoberta, porque não tem mais chuva, não tem mais o que plantar. Então, você não tem o que fazer nem com a terra nem com a frente de trabalho que está à disposição. Então, nós temos esses desafios e também nós vamos discutir a questão da água. Porque não é possível que um estado como Sergipe ainda não tenha resolvido o problema da água em todas as suas regiões”, concluiu.
Enviado pela assessoria/Foto: Janaína Santos
