Por Joedson Telles
À medida que o PT, sobretudo nas ações republicanas do ministro Márcio Macedo, se reaproxima do bloco governista, via governo Fábio Mitidieri, cresce a curiosidade quanto ao futuro político do senador petista Rogério Carvalho.
O senador cumpre à risca a missão que as urnas lhe deram, em 2022, e faz oposição ao Governo do Estado. Firme, Rogério não demonstra querer desviar o rumo do seu mandato. Já disse, em entrevista ao Universo, que mudar a postura não seria algo honesto com os 580 mil eleitores que acreditaram no seu projeto para Sergipe e votaram nele, na última eleição para governador.
Hoje, dia 19 de dezembro de 2023, o Natal batendo à porta, tudo parece tranquilo. No clima. O PT, Rogério, Márcio… Cada companheiro usa a liberdade de escolher o caminho que acha melhor. Mas e mais na frente? Como seria (será?) a eleição majoritária de 2026, caso o cenário seja o mesmo?
Perceba, leitor, que o senador precisaria (precisará?) fazer uma escolha de sobrevivência política: manter a coerência e permanecer na oposição, mesmo que o PT esteja no palanque de Fábio Mitidieri, com Márcio Macedo (que pode também ser pré-candidato ao Senado) e a “bênção” de Lula, ou jogar o próprio discurso no saco do lixo e também se reaproximar do seu, até então, objeto de oposição.
Se optasse pela primeira opção, Rogério precisaria deixar o PT, e procurar uma legenda que abraçasse o seu projeto de reeleição – ou mesmo mais uma pré-candidatura ao Governo do Estado. Seria o caminho natural em se tratando de política.
Todavia, seria perfeitamente compreensível se o senador descartasse esta alternativa de pronto. Nunca é fácil para um petista de verdade deixar a legenda, sobretudo para estar do outro lado da disputa. Rogério precisa refletir muito, antes de tomar a difícil decisão.
P.S. A posição do PT nas eleições 2024 pode exigir de Rogério uma resposta, antes mesmo das arrumações do pleito de 2026.