Rogério: falta prestígio ou vontade?
Por Joedson Telles
Das duas uma: ou o deputado federal Rogério Carvalho não tem o prestigio junto ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que alardeiam alguns em Sergipe, ou, de fato, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, tem lá suas razões quando externa em suas entrevistas que existe uma má vontade em Rogério Carvalho que acaba impedindo que o Ministério da Saúde atenda às demandas de Aracaju.
Supondo que seja a primeira alternativa, o que faria, então, o deputado Rogério Carvalho manter-se aliado do governo Dilma Rousseff? O que seria mais importante para ele neste governo pífio da Dilma do que a saúde de Aracaju – sobretudo sendo ele médico e um agente público sabedor que é justamente a gama mais pobre da população que bate à porta do serviço público?
Por outro lado, se vale a tese da má vontade, o que estaria fazendo na política o nobre deputado, já que a essência da política – ao menos da política séria – é justamente servir? Teria o parlamentar argumentos persuasíveis o suficiente para sustentar o pressuposto que reza interesses maiores na política do que proporcionar soluções para os problemas da sociedade – principalmente daqueles sergipanos que chamam um pão dormido de caviar?
Creio que o deputado federal Rogério Carvalho deve uma explicação plausível não apenas aos seus 116.417 eleitores, mas a todos aqueles que pagam impostos e, evidentemente, seu vencimento e os benefícios financeiros intrínsecos ao seu mandato. Precisa justificar tal comportamento descrito pelo prefeito João Alves ou convencer à sociedade que é um político voltado para Sergipe, mas que estaria sendo caluniado pelo adversário. A sociedade, ao menos a parte lúcida, aguarda a satisfação inerente a qualquer homem público.
P.S. Mais uma vez, este espaço está aberto ao deputado para se pronunciar.
