Por assessoria
Nesta quarta-feira, dia 27, durante votação do Projeto de Lei que estabelece o marco temporal das terras indígenas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Rogério Carvalho (PT/SE) se tornou, mais uma vez, uma das vozes proeminentes que se manifestaram contrárias à aprovação do projeto e manteve voto desfavorável à medida.
A votação se deu em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto, e tem sido marcada por intensa divergência entre parlamentares de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O que está em discussão aqui, em primeiro lugar, é que o Brasil é um país com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 854 milhões de hectares no total, o que nos dá cerca de 500 milhões de hectares de área preservada, quase 600 milhões de hectares de área preservada, representando aproximadamente de 55% a 60% de nosso território preservado”, afirmou Rogério Carvalho.
“Além disso, temos cerca de 200 milhões, 220 milhões, 230 milhões de hectares de áreas cultivadas no Brasil, e o restante é ocupado por rodovias e centros urbanos”, acrescentou.
Para o senador, essas vastas extensões de áreas preservadas no Brasil representam um dos maiores ativos da humanidade. E, por essa razão, ele destacou que essas áreas abrigam a maior biodiversidade do mundo e desempenham um papel crucial na captação e estabilidade da captura de carbono global, algo inestimável em termos ambientais. “Isso vivo vale muito mais do que desmatado, devastado ou ocupado de forma a não preservar e a não explorar de maneira objetiva e respeitosa esses futuros recursos que serão a base da indústria, da inteligência artificial, da produção de tecnologia biológica e de uma indústria biológica que está prestes a se formar”, reforçou.
“Toda a base está ali, e quero destacar que, se não fossem as reservas legais, as reservas indígenas e tudo o que preservamos até hoje, não teríamos mais essa riqueza a serviço do Brasil e da humanidade. Não precisamos derrubar mais árvores para aumentar nossa produção agropecuária. Não precisamos disso”, disse
*“É preciso garantir a segurança dos povos indígenas”*
Outro ponto abordado pelo senador Rogério Carvalho tem relação com a necessidade de garantir a segurança alimentar e desenvolver o país preservando as culturas indígenas e a riqueza ambiental. “Comparando com a preservação de culturas em outros países, o Brasil ainda tem muito a fazer para preservar as culturas dos povos pré-europeus que habitavam esta terra”, explicou.
“Portanto, espero que, independentemente de qualquer coisa, a decisão do STF e a decisão do governo, ao final, determinem o desfecho positivo e seguro em toda essa história. Mas reitero que continuarei sendo um incansável defensor da democracia e que a polarização não é o caminho para resolver os desafios do país”, concluiu.
