Por Joedson Telles
Vereador licenciado de Aracaju, o secretário de Ação Social da Prefeitura de Aracaju e presidente estadual do PC do B, Antônio Bittencourt, acredita que as críticas feitas à gestão Edvaldo Nogueira pela oposição são naturais da política. Entende também que algumas têm a preocupação que as coisas melhorem, mas afirma que outras, como as vindas do deputado estadual Rodrigo Valadares, desejam o pior. “A desse deputado é, verdadeiramente, uma crítica que não nos abala porque no seio dela não tem preocupação com a melhoria da qualidade de vida da cidade de Aracaju. No seio dela tem a vontade e o desejo, que nunca serão materializados, que Aracaju se transforme num caos para que ele possa bailar diante do caos, porque, infelizmente, esse tipo de politico torce para o pior, porque ele se lambuza do pior, tentando dizer que poderia fazer melhor do que isso. Ele não tem nenhuma credibilidade e a forma e as falas que ele vem construindo são desqualificadas. Não merecem dispêndio de energia da administração Edvaldo Nogueira para tratar dessa situação”, disse Antônio Bittencourt.
Qual o balanço do seu trabalho à frente da Secretaria de Ação Social?
Eu faço um balanço muito positivo. Primeiro que é uma secretaria que lida muito diretamente com as pessoas mais carentes da nossa população. É uma secretaria de demandas muito diretas junto à população. Sobre alguns aspectos, se assemelha muito ao trabalho do vereador, que é aquele parlamentar que tem um contato mais direto com a população, e, das secretarias, a que tem mais contato com a população, sem dúvida nenhuma, é a Secretaria de Ação Social. Temos uma gama enorme de ações. A gente lida com criança, adolescente, idoso, deficiente, população LGBT, promoção da igualdade social, mulheres, lida com a política e com o conselho de assistência social. É um universo muito abrangente, e que eu já tinha alguma relação, na medida em que eu fui secretário de Estado de Direitos Humanos. Esses conceitos também eram vinculados à Secretaria de Direitos Humanos. Eu fico muito feliz de estar à frente de uma pasta como essa. É uma secretaria que tem um corpo técnico muito comprometido e que sabe muito bem tratar da questões do ponto de vista técnico e formal, das prerrogativas mais teóricas da atividade da assistência, mas quando necessário também coloca o pé na lama, arregaça as mangas e vai aonde a população esta precisando. Essas chuvas foram demonstrativos disso. A secretaria esteve muito presente, a prefeitura esteve presente, o prefeito Edvaldo Nogueira esteve presente porque temos um grupo de gestão de crise que tem todo um procedimento para lidar com uma situação como aquela. É uma grande experiência. Eu já passei por outras duas secretarias, e essa me encanta porque tem compromisso técnico, político, mas também tem uma dose muito grande de coração envolvidas nas questões que dizem respeito às ações da Secretaria de Ação Social
Como o senhor avalia as críticas da oposição, principalmente do deputado estadual Rodrigo Valadares, à gestão Edvaldo Nogueira?
A minha avaliação da gestão é muito positiva. As referências que temos que ter claras para fazer essa avaliação, primeiramente, é ver o que Edvaldo herdou. Uma prefeitura aos frangalhos, completamente desmantelada e desmotivada. Uma população que olhava para a cidade e não se sentia pertencente àquela Aracaju maltratada e abandonada. Dívidas de quase R$ 1 bilhão, folhas de pagamento atrasadas – e Edvaldo conserta isso tudo numa época de crise com muito esforço, com uma capacidade de gestão que nenhum gestor em Sergipe tem. Eu acho que o saldo é muito positivo. É só olhar a cidade como está hoje, o conjunto de obras que Edvaldo está realizando e o volume de recursos que ele está captando para a cidade de Aracaju. Uma entidade como o BID não vai direcionar recursos onde não esteja bem estruturado, saneado. Tem uma série de critérios muito rigorosos que instituições desta natureza fazem na hora de dar o aceite de investimento. As críticas são naturais no campo da política, algumas com preocupação que as coisas melhorem e outras que desejam o pior. A desse deputado é, verdadeiramente, uma crítica que não nos abala porque no seio dela não tem preocupação com a melhoria da qualidade de vida da cidade de Aracaju. No seio dela tem a vontade e o desejo, que nunca serão materializados, que Aracaju se transforme num caos para que ele possa bailar diante do caos, porque, infelizmente, esse tipo de politico torce para o pior, porque ele se lambuza do pior, tentando dizer que poderia fazer melhor do que isso. Ele não tem nenhuma credibilidade e a forma e as falas que ele vem construindo são desqualificadas. Não merecem dispêndio de energia da administração Edvaldo Nogueira para tratar dessa situação. Temos muito por fazer, muito será feito, num salto que muito dificilmente um gestor que não fosse da estirpe e da capacidade de Edvaldo Nogueira poderia ter dado.
Há a intenção de antecipar o palanque?
Todo mundo tem direito de sonhar ser o que quiser. As aspirações dele são ele e o eleitorado quem devem decidir o que deverá acontecer mais adiante. Não me interessa tratar disso. Mas bem verdade que a crítica que se coloca revela, a partir dessa ação, que o que ele deseja e, certamente será um desejo imaterializável, é um dia estar na condição de gestor da cidade para fazer talvez os ‘fake news’ no Poder Executivo, como ele faz hoje no Poder Legislativo.
O senhor defende a manutenção do PT nesse agrupamento?
Todos os partidos têm toda legitimidade, e respeitamos essas aspirações de ocupar espaços mais destacados na seara política. O PT é um deles que tem todo esse direito. É um grande partido nacionalmente. Na cidade de Aracaju é um partido que, historicamente, temos uma aliança muito consolidada e construímos vitorias e galgamos transformações expressivas para o Brasil, Sergipe e para Aracaju – e que a gente torce para que esse agrupamento permaneça coeso. Eu, particularmente, como presidente do PC do B, tenho trabalhado. Acho que é fundamental que essa aliança se mantenha e torço para isso, porque temos clareza que é o melhor para a cidade de Aracaju. É só olhar todos os processos de reorganização da cidade de Aracaju e ver que o PT tem uma grande parcela. A vice-governadora e, anteriormente, vice-prefeita deu sua contribuição. Temos camaradas valiosos na administração, como Cássio Murilo dirigindo a Funcaju, e é do PT, e temos várias pessoas do PT que fazem parte da administração. O que queremos é a manutenção desse bloco e, se possível, ampliá-lo para que a gente possa dar continuidade a um processo de transformação tão positiva e tão exitoso que está sendo realizado em Aracaju.
A questão dos cargos indicados pela ex-vice-prefeita Eliane Aquino já foi administrada politicamente?
Eu acho que é natural quando se muda o gestor da pasta acontecer adequação. Essa adequação diz respeito ao perfil do administrador da ocasião, no caso eu. Diz respeito às mudanças que ele queira fazer sentido de dar encaminhamento, que é natural. O que eu vi era que talvez tinham pessoas que estavam tentando politizar esse acontecimento, tentando criar alguma cisão nisso que efetivamente não aconteceu. Por parte da ex-vice-prefeita, nunca houve qualquer manifestação de descontentamento em relação a isso. Sempre teve uma relação muito respeitosa e equilibrada, porque sabe que mudou a direção e é natural que a gente traga pessoas que também tenham competência técnica e o perfil que se aproxime com o nosso e que tenha nossa confiança para executar um projeto que seja vitorioso.
O prefeito já disse que tem vontade de migrar para o PDT. O PC do B já conversou com Edvaldo sobre isso?
Edvaldo Nogueira é filiado ao PC do B há 38 anos. Tem uma história de contribuição muito ligada ao Partido Comunista do Brasil. Meu esforço como presidente estadual do PC do B é no sentido que ele se mantenha. Edvaldo é um quadro nacional do PC do B. Edvaldo é uma figura importante não apenas no PC do B de Sergipe, mas no PC do B do Brasil todo. Mas é uma decisão única e exclusiva do camarada, do amigo, do gestor Edvaldo Nogueira. É ele quem tem, na solidão da sua reflexão, que decidir qual o destino. Se depender de mim, ele fica no PC do B. Eu estou na torcida para que ele permaneça, mas respeitaremos a decisão que for tomada. Sei que não tem sido fácil para ele. Não existe nenhuma liderança do estofo de Edvaldo que tenha 38 anos no mesmo partido. Só por isso precisamos respeitá-lo. Torço para que não mude de partido. Minha energia e meu esforço são para que ele não mude, mas vamos aguardar.
Já chegou a conversar com ele sobre esse assunto?
Temos conversado, mas é muito pouco. É um momento que precisamos respeitar e a reflexão é dele.
Cabem as críticas, principalmente de setores do PT, que Edvaldo se afastou das ideias do campo da esquerda?
Não cabem absolutamente. Até mesmo esses que têm dito isso dentro do PT, que é uma pequena minoria, não corresponde à verdade. A crítica que foi feita, o próprio PT realizou quando esteve à frente de uma gestão. O que Edvaldo tem deixado muito claro é que é um homem de esquerda, de ações ousadas na seara política, mas administra uma cidade que não é comunista. Ele administra uma cidade de todos os aracajuanos. Homens e mulheres de esquerda, de direita, de centro e todos precisam do transporte público, de educação, de saúde, da limpeza da cidade, e nessa hora não tem distinção ideológica. Nessa hora, Edvaldo está cuidando do interesse da população de Aracaju. Ele vai buscar o que for melhor para todos, priorizando os que mais precisam. Isso é um pensamento avançado. Quem discorda disso ou quer aparelhar uma administração ou ideologizar uma administração. Edvaldo não é um homem disso. Ele tem dado demonstrações disso. Ele administra para todos os aracajuanos, e especial para os que mais precisam, sempre buscando o melhor.
Sendo um político de esquerda, como o senhor avalia o governo de Jair Bolsonaro?
Eu diria que conheço pessoas de direita que são educadas, sérias, cultas, que pensam diferente de mim sobre os mais diversos aspectos. O que me causa estranheza é um certo setor que se diz de direita, mas que trata as pessoas, a violência a tortura, as pautas comportamentais, as questões da natureza, a ciência, muito abaixo de todo um escopo de conhecimento que a historia da humanidade já desenvolveu. Dentro da estrutura do Governo Federal tem gente que acredita que não existe aquecimento global. Homem de altíssimo escalão. Tem gente que acredita que a Terra é plana isso já está resolvido há muitos séculos.