O deputado federal Rodrigo Valadares (UB) votou contra o pedido de urgência para votação do projeto de lei n.º 2.630/20, conhecido como “PL da Fake News” ou “PL da Censura”. O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB), tem gerado grande polêmica, por ser considerado, por alguns, uma ameaça à liberdade de expressão, usando um discurso de que vai combater desinformação e discurso de ódio.
Com a urgência aprovada pela maioria dos parlamentares, Rodrigo Valadares declarou que votará contra o projeto quando ele for debatido no plenário. Ele afirmou que o PL é uma tentativa de calar a voz dos brasileiros e limitar sua liberdade de expressão, incluindo a liberdade religiosa.
“Vergonha. O PL da censura em caráter de urgência foi aprovado por 238 votos contra 192. Nós votamos contra, o projeto vai tramitar aqui na Câmara em caráter de urgência, indo direto para o plenário próxima terça, e continuaremos votando contra, pois esse é um projeto para calar a sua voz e limitar a sua liberdade de expressão e liberdade religiosa”, disse o deputado.
Segundo Rodrigo, se o PL for aprovado, muitas coisas mudarão na internet. Ele alerta que postagens que vão de encontro a certas ideologias ou crenças religiosas podem ser excluídas automaticamente, limitando ainda mais a liberdade de expressão.
“Você que é cristão, líder religioso, esse projeto vai também de encontro a nossa liberdade religiosa. Imagine que você faz uma postagem bíblica, em que diz que o casamento instituído por Deus é entre homem e mulher ou até mesmo alguma fala que vai de encontro a ideologia de gênero ou que alguma religião se ofenda, porque nós defendemos o Deus único e verdadeiro, esse tipo de postagem terá que ser excluída automaticamente, sob pena da empresa pagar multas milionárias”, explicou.
A votação do projeto tem gerado grande discussão na sociedade brasileira, com opiniões divergentes sobre sua necessidade e seus possíveis efeitos. No entanto, Rodrigo Valadares é um dos políticos que se manifestaram publicamente contra o PL, mostrando sua posição clara e firme em relação à liberdade de expressão e à proteção da democracia.