Por Joedson Telles
Solto e venturoso por ter chegado aos 63 anos com saúde e com planos para 2026, o prefeito Edvaldo Nogueira, ao reunir jornalistas e radialistas, num almoço, na última sexta-feira, dia 26, não apenas abordou dados positivos da sua gestão como rechaçou a tese dos próprios aliados de que ele “não faz política”.
Edvaldo, além de entender o seu próprio trabalho como gestor de Aracaju como “fazer política”, afirmou que conversa com aliados, mas não divulga. “Agora, eu vou divulgar”, prometeu.
“Sem perder mais tempo”, Edvaldo revelou conversas que manteve com aliados, desde a criação do bloco, quando o saudoso Marcelo Déda chegou à Prefeitura de Aracaju, em 2000. Bem nas pesquisas, o petista foi estimulado a deixar o primeiro mandato no meio para disputar a eleição de governador, em 2002. Então vice-prefeito, Edvaldo conversou com Déda, argumentando para que ele não deixasse a PMA. Déda, como todos sabem, só deixou a PMA no meio do seu segundo mandato.
Edvaldo revelou também como o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, e o atual, Adailton Sousa, insistiram para que ele, motivado por pesquisas internas que asseguravam uma vitória sua, disputasse o Governo do Estado, em 2022.
Edvaldo garantiu a Fábio Mitidieri que não seria seu adversário. Até porque, ele nunca quis deixar a Prefeitura de Aracaju, antes de concluir seu mandato. Também conversou com o ex-governador Belivaldo Chagas.
Edvaldo, já entrando no processo eleitoral, de 2024, revelou uma conversa que teve, há cerca de seis meses, com o ex-deputado federal André Moura sobre a escolha do nome de Luiz Roberto como o pré-candidato do bloco. André não mostrou resistência à ideia por ser um bom nome. Edvaldo, aliás, disse que conversa muito com André Moura.
Ainda sobre Luiz Roberto, Edvaldo salientou que foi uma escolha criteriosa – em harmonia com os avanços de Aracaju, nos últimos anos.
Foram várias conversas que deixaram o armário durante o longo encontro que Edvaldo provocou com os jornalistas e radialistas. Não cansaria o leitor publicando mais de três horas de bate-papo aqui.
Entretanto, creio que, no seu conjunto, tais conversas sepultam com facilidade a tese de que “Edvaldo não faz política”. Sem falar que, como o próprio Edvaldo observou, todos os partidos do bloco fazem parte da sua gestão. Se isso não for fazer política, que os críticos provem o contrário.
